No filme norte-americano "O tráfico de órgãos", o promotor Paul Stanton, na tentativa de salvar sua filha acometida por uma doença pulmonar, encara a possibilidade de compactuar com a prática mexicana de traficar crianças para a doação de órgãos. Infelizmente, essa é uma situação corriqueira no cenário mundial e afeta milhares de habitantes. Dessa forma, é imprescindível que haja um amadurecimento, por parte da população, quanto às formas de se prevenir de um possível caso de transporte ilegal de pessoas. A internet, amplamente difundida nos dias de hoje, tem corroborado com o aumento significativo no número de casos de tráfico ilegal de mulheres, homens e crianças para os mais diversos fins, como por exemplo, o trabalho escravo e a exploração sexual. Os meios digitais permitem o contato entre uma potencial vítima e um traficante, além de permitir que a identidade deste seja preservada. Segundo dados da OIM (Organização Internacional para Migrações), cerca de 100 migrantes que tentavam atravessar o mar Mediterrâneo estão desaparecidos desde o dia 5 de janeiro de 2018, após serem abordados e coagidos por contrabandistas em redes sociais. Um outro fator que tem compactuado com o transporte de pessoas é a presença de brechas nos sistemas de segurança de alguns aeroportos, o que facilita a efetivação desses crimes, com enfoque às quadrilhas responsáveis por transladar imigrantes ilegais. O grande problema reside nos chamados "voos de cabotagem", que permitem que viagens aéreas domésticas tenham origem em territórios internacionais, possibilitando a entrada de indivíduos advindos de outros países sem que esses passem por uma fiscalização eficaz por parte das forças policiais responsáveis. Portanto, medidas devem ser tomadas com vista a resolver o impasse. O Ministério da Educação, apoiado por ONGs (Organizações não governamentais) voltadas à tecnologia, devem promover campanhas, divulgadas em redes sociais do governo, que deem suporte informacional à população quanto aos indícios de um possível caso de transporte ilegal de pessoas, à importância de denunciar esses crimes e como efetivar a queixa. Ademais, a Secretaria Nacional de Aviação Civil deve garantir aos funcionários de aeroportos instruções acerca do tráfico de indivíduos, permitindo que tais faltas sejam identificadas, além de promover uma fiscalização eficaz dos passageiros a partir da presença de representantes da Polícia Federal em linhas aéreas.