Enviada em: 26/04/2018

A migração ilegal de pessoas é um problema que persiste na sociedade contemporânea. Apesar de as Nações Unidas ser uma organização que se diz promover políticas internacionais de combate ao tráfico, tem-se, atualmente, um contexto análogo a essa situação: ainda é muito presente os casos de tráfico de pessoas. Sendo assim, encontrar caminhos para combater essa ilegalidade é um desafio que precisa ser enfrentado pela sociedade civil e pelas empresas privadas de comunicação em massa, haja vista dois aspectos: a ignorância da população sobre esse assunto aliada à facilidade com que os criminosos enganam as vítimas pelas redes sociais.    No século XVI, por exemplo, por causa da expansão marítima europeia e a consequente necessidade de mão de obra, o tráfico de escravos tornou-se uma atividade econômica muito rentável. De forma semelhante, pode-se mencionar que nos dias atuais o deslocamento ilícito de pessoas circula mais de 30 bilhões de dólares ao redor do mundo segundo dados do Conselho Nacional de Justiça brasileiro. Essa realidade é desconhecida por uma grande parcela da população, tendo em vista a pouca divulgação dessas estatísticas o que torna o combate da migração ilegal cada vez mais difícil.    Outrossim, as vítimas desse tipo de violência na maior parte das vezes estão em uma situação econômica precária concedendo assim uma margem vantajosa para os aliciadores se aproveitarem da situação psicoemocional dessas pessoas e persuadi-las com falsas promessas de emprego e melhor qualidade de vida, sendo que na realidade acabam se tornando em 85% dos casos exploradas sexualmente; contexto no qual é visto principalmente nas redes sociais, onde os traficantes e o próprio poder público reconhecem serem ferramentas de difícil monitoramento, pois ainda não existe uma política interna nas grandes empresas de comunicação que defronte com o tráfico de pessoas.    Por conseguinte, é necessário resolver o impasse. Nesse sentido, afim de opor-se ao tráfico de pessoas, secretarias municipais e estaduais de educação devem ensinar e orientar crianças, jovens e adultos a respeito do assunto tráfico de pessoas por meio de campanhas e palestras escolares, além de treinar a população como identificar as vítimas dessa violência através da observação comportamental e quais os meios de denúncia. Além disso, é importante que a ONU crie uma parceria público privada com empresas de comunicação em massa como Facebook, Twitter e Whatsapp com a meta de criarem ferramentas de filtro e controle das informações trafegadas na internet para que auxiliem na identificação dos possíveis casos de tráfico de pessoas. Dessa forma, a Declaração Universal dos Direitos Humanos poderá se tornar legítima.