Enviada em: 27/04/2018

A alforria negligênciada   Em 13 de maio de 1888, uma assinatura daria fim à décadas de exploração e subordinação de uma nação em solo brasileiro.Mais de um século se passaram e a conduta escravista adaptou-se ao novo panorama mundial,com isso a superexposição de informações em redes sociais,a desigualdade social e a ineficiência de políticas públicas de segurança evidenciam uma maior propensão ao aumento do tráfico de pessoas.Nesse sentido,percebe-se o valor do ser humano decai com a falta de empatia.    Em primeira análise, é notório que a vivência de uma era de tecnologia e desenvolvimento caracteriza a dispersão de informação cada vez mais veloz.Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre,''O que somos é o que fizemos do que fizeram de nós'', dessa forma a necessidade de corresponder à pluralidade mostra-se cada vez mais em publicações e exposições de hábitos na internet na busca de se reconhecer parte da sociedade virtual,colaborando para o aumento de informação à desconhecidos e fornecendo dados pessoais.Torna-se claro,nesse sentido que superexposição deixa o indivíduo à mercê de criminosos.    Além disso,a globalização contemporânea favorece o acesso à dados nacionais,contribuindo para a busca de localidades com grande desigualdade social e leis ineficientes.No ano de 2012, a novela Salve Jorge, contava a história de mulheres que foram induzidas a sair do Brasil para serem modelos, mas na realidade eram "escravas sexuais", assim como na ficção estelionatários buscam países subdesenvolvidos para se instalarem e criarem falsas empresas,prometendo benefícios e contratos além de uma vida melhor em outro país.Trazendo a tona a objetificação feminina e a exploração sexual.    Ademais,a falta de proteção em meios virtuais e urbanos ratificam-se pelas baixas penas e escassez de monitoramento de instituições e eventos criados em redes sociais por empresas ''fantasmas''.De fato,a baixa fiscalização em fronteiras colaboram sobremaneira como rota de trânsito para o tráfico humano,além disto, por serem transportadas pessoas de baixa renda com pouco acesso à conhecimentos muitas denúncias não são encaminhadas à órgãos de segurança pública colaborando para propagação de quadrilhas.Com isso, a criminalidade aumenta em decorrência da negligência.   Fica evidente,portanto, que a falta de investigação em estruturas virtuais,o aumento de agências falsas pelo território nacional e a falta de fiscalizações urbanas intensificam o tráfico humano.Nesse sentido,faz-se necessário que o Ministério de Comunicações promovam por meio de campanhas e palestras informações a respeito do tráfico de pessoas com o objetivo de instruir a sociedade.Além disso,cabe ao Ministério da Segurança Pública junto a Polícia Militar aumentar a fiscalização em fronteiras e cidades com o propósito de acabar com essa prática.Só assim,a alforria será algo passado.