Enviada em: 27/04/2018

O tráfico de pessoas está presente na história brasileira desde o descobrimento, com os navios negreiros e comerciantes de escravos motivados pelo grande retorno capital. Verifica-se, hoje, a permanência desse problema em âmbito nacional e internacional, influenciado por questões econômicas e sociais.   A partir da análise econômica, tem-se o teórico Karl Marx, o qual afirma que o sistema capitalista prioriza lucros em detrimento de valores, ou seja, indivíduos se envolvem com o tráfico pela facilidade de ascensão econômica com o lucro gerado. Exemplificando isto, o tráfico humano é o terceiro crime mais rentável do comércio ilegal, segundo a BBC.   Outro aspecto a ser salientado é o social, onde Jean-Paul Sartre afirma que o meio determina o homem, isto é, as pessoas se submetem ao próprio contrabando por motivos inseridos em seus meios, como épocas de guerra, crises econômicas e políticas, procurando condições melhores de vida. Geralmente acompanhado de outros tráficos, como o de drogas e órgãos.   Em síntese, a questão do tráfico de pessoas envolve tópicos econômicos, pela parte dos traficantes; e sociais influenciados pelo meio, pelos traficados, e exigem devida solução. Para isso, deve-se por parte da federação dos países constituintes da rota do tráfico, a maior fiscalização de fronteiras não só territoriais, como também náuticas e aéreas. Junto à isto, a elaboração de uma constituição internacional de refugiados, encabeçada pela ONU e instituídas nos países que são destinos dos migrantes, para que estes não se submetam ao tráfico.