O tráfico humano é uma das práticas mais antigas da humanidade, tendo início na Antiguidade Clássica, na Grécia e em Roma, onde eram obtidos prisioneiros de guerra para realizar trabalhos braçais. Atualmente, essa prática ainda é bastante comum, principalmente no setor da prostituição, sendo o Brasil o maior fornecedor de escravas sexuais da América Latina. A existência e manutenção dessa prática baseiam-se principalmente na desigualdade social e na posição ocupada pela mulher na sociedade além da quantidade insuficiente de denúncias, tornando de extrema importância a luta para o combate desse crime. Em primeiro plano, é preciso analisar que a pobreza e a falta de oportunidades são apontadas como um estímulo à expansão do tráfico de seres humanos no mundo, pois os traficantes fazem promessas de melhores condições de vida justificadas por trabalhos melhores em outros países e com isso conquistam a confiança das vítimas. As mulheres são as principais vítimas dessa prática pois a prostituição é facilmente camuflada com alegações de outros trabalhos - como babás e garçonetes- e também por gerar um alto lucro aos criminosos. Além disso, por ser uma atividade considerada de baixo risco, já que está relacionada ao fato de que as pessoas traficadas podem entrar nos países com visto de turista e depois perdem o direito de manter contato com a família e ficam em cárcere privado, as denúncias e investigações são ínfimas, tornando dificultoso o trabalho da polícia. Dessa maneira, fica evidente que para erradicar o tráfico de pessoas é importante que o governo incentive o aumento nas vagas de emprego para que dessa forma as condições de vida da sociedade melhorem e as pessoas se arrisquem menos em propagandas ilusórias. Ademais, também é necessário que ONGS juntamente com a polícia e o ministério da comunicação façam campanhas de conscientização sobre esse crime ,incentivando a sociedade a denunciar sempre que achar algo suspeito. Dessa forma será possível modificar essa cruel realidade brasileira.