Enviada em: 29/04/2018

Com a Revolução Francesa do século XVIII, houve a formulação e difusão do lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Apesar de decorridos séculos desde esse marco histórico, o tráfico de pessoas, que infringe os direitos humanos, ainda faz-se presente na atualidade, principalmente relacionado à exploração sexual. Nesse sentido, fatores de ordem histórica e social caracterizam a problemática.    Em uma primeira análise, vale destacar a inadequação de um sistema de protocolo o qual permite enumerar informações de imigrantes e de emigrantes em alguns países, além da falta de denúncia das vítimas constituem as principais causas dessa escravidão moderna. Isso é facilmente observado quando indivíduos entram na Europa pela península itálica, onde forças federais não apresentam sequer uma lista para anotar o propósito dessa pessoa no continente. Nessa perspectiva, a vítima de tal crime não será notada e, consequentemente, dificultará possível denúncia, pois ela sente receio da possibilidade de ser presa. Dessa forma, o tráfico de seres humanos caracteriza-se como crime de difícil combate.    A posteriori, a oferta de emprego fácil torna-se uma atrativo para ocorrência do ato, agravando assim a situação. Haja vista que o crescimento no índices de desemprego no Brasil nos últimos anos fez uma parcela da população buscar alternativas para a falta de trabalho, recorrendo em muitos casos a ofertas de emprego fora do país, sem conferir a verossimilidade dos anúncios. Em decorrência disso, muitas pessoas acabam sendo traficadas para os mais diversos destinos, uma vez que não denunciada a suspeita de comércio humano, a prática passa despercebida pelas autoridades, infringindo, assim, o artigo 5 da Constituição de 1988, por banalizar os direitos das vítimas que tem sua liberdade retirada.    Portanto, é notória a relevância de fatores de cunho histórico e social na temática supracitada. Nesse viés, cabe à Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de envio de recursos para as polícias de fronteira, promova a melhoria e a ampliação da fiscalização do tráfego de pessoas entre os países, objetivando amenizar o tráfico internacional. Ademais, é fundamental que o governo, em parceria com a mídia, promova campanhas contra essa prática e informatize as pessoas acerca dos riscos de serem enganados e como identificar essas falsas propostas. Por meio dessas medidas será possível garantir o respeito aos direitos humanos e fazer jus a uma revolução atemporal.