Enviada em: 05/08/2018

No romance de José de Alencar, Iracema, a índia é descrita pelo autor como: '' a virgem dos lábios de mel'', além ser retratada como graciosa e bela. Entretanto, essas e outras características similares saíram dos livros românticos e tornaram-se obrigatórias na vida da mulher contemporânea, o que culminou na taxação do gênero feminino como o ''sexo frágil''. Ademais, fatores como a mídia e as instituições de ensino ampliaram a desigualdade de gênero no Brasil, enfatizando a necessidade de nos atermos à problemática em questão.    Em primeiro lugar, é necessário reconhecer a objetificação da mulher por parte da mídia. Afinal, propagandas como da cerveja Itaipava no verão de 2015, onde uma mulher de nome Vera serve a cerveja usando um biquíni que expões suas curvas, focam apenas no corpo feminino desvalorizando o seu intelecto. Em contrapartida, nos comerciais gravados com o sexo masculino essa exaltação pelo corpo não é tão frequente comprovando esse exemplo de desigualdade.    Além disso, as instituições de ensino também contribuem para o aumento da problemática. Afinal, fatores como o incentivo em maior escala aos meninos para que pratiquem futebol e a cobrança mais direcionada para uma escrita legível por parte das meninas são os primeiros indícios de desigualdade de gênero na vida de um indivíduo,pois não há conhecimento desse empecilho por parte dos alunos, visto que não é debatido o sexismo nas escolas do país.    Para que a imagem embelezada da mulher construída desde o período romântico da literatura possa ser distorcida, é necessário portanto,certas medidas. A mídia deve destacar os produtos anunciados em seus comercias, demonstrando de modo criativo suas características abusando de cores vivas, trilha sonora e frases de impacto para que o consumidor possa ser atraído pelo produto e não pelas pessoas presentes nos anúncios. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) deve incluir na grade escolar de Sociologia um estudo aprofundado sobre o sexismo,  com aulas teóricas e posteriormente com vídeos que comprovem a existência desse termo no cotidiano, para que o aluno possa conhecer esse problema e não queira praticá-lo e sim combatê-lo.