Enviada em: 19/08/2018

Na crítica da letra da canção do poeta Chico Buarque, "Mirem-se no exemplo, daquelas mulheres de Atenas, vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas". Nota-se, que a desigualdade de gênero é antiga e que na contemporaneidade isso não mudou muito, ao contrário ainda persiste. No entanto, é imprescindível garantir essa isonomia de direitos entre ambos os sexos. Com isso, surgiu a luta feminista, que tem objetivo de defender a visão de igualdade, visto que há muito para ser conquistado pelas mulheres.     Em primeiro lugar, a figura feminina sempre foi vista pela sociedade como ínfero. Haja vista, que uma pesquisa divulgada pela Ipsos mostrou que, em média, 18% das pessoas no mundo acreditam nisso. Esse pensamento patriarcal vem desde muitos anos no Brasil e no mundo, como relata a letra "Mulheres de Atenas" de Chico Buarque. Já no país verde e amarelo, essa cultura machista está enraizada desde o período colonial, as mulheres dos barões de café, restringiam-se aos afazeres domésticos, sem nenhuma participação política. Eram submissas aos chefes da casa, consideradas suas propriedades. Por consequência, desse histórico de desigualdades, as mulheres modernas sofrem com a diferença salarial, entre outras discriminações.      No entanto, a escritora e ativista social Helen Keller, afirmava que sozinhos, pouco podemos fazer; mas juntos, podemos fazer muito. Tal declaração, permite que seja refletido, sobre como isso concretizou-se no Brasil no final do século XIX com a mobilização das mulheres. Nesse momento o feminismo surgiu em prol dos direitos igualitários entre homens e mulheres. Esse movimento, tem inúmeras representantes femininas que lutam para que a visão preconceituosa, a desvalorização e as formas de submissão à mulher sejam extintas nos diversos contextos sociais. Dessa forma, elas conquistaram muitos direitos, como o voto, divórcio, educação e trabalho. Apesar dessas conquistas já alcançadas, a caminhada ainda não terminou.        Fica claro, portanto, que as mulheres de Atenas "submissas" devem desvanecer, o que permite que a reflexão de Hellen se efetive através dos direitos que serão conquistados pelo movimento feminino e apoiado pela sociedade. Nesse sentido, cabe aos Meios Midiáticos em conjunto com ONGs que lutam pela igualdade de gênero, a realização de campanhas para extinguir essa desigualdade, por meio de debates em programas de televisão aberta, com exposição de dados, opiniões, especialistas no assunto e depoimentos de mulheres vítimas desse preconceito. Espera-se, com isso informar e conscientizar a população para que esse problema não assombre mais o futuro.