Enviada em: 27/08/2018

Na crítica da letra da canção do poeta Chico Buarque, "Mirem-se no exemplo, daquelas mulheres de Atenas, vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas", nota-se que a desigualdade de gênero é antiga e que na contemporaneidade isso não mudou muito. No entanto, é imprescindível garantir essa isonomia de direitos entre ambos os sexos.       Em primeiro lugar, a figura feminina sempre foi vista pela sociedade como ínfero, haja vista que uma pesquisa divulgada pela Ipsos mostrou que, em média, 18% das pessoas no mundo acreditam nisso. Esse pensamento é fruto do patriarcalismo que vem desde muitos anos, como relata a letra "Mulheres de Atenas". Logo, essa cultura machista se espalhou e enraizou no Brasil, um exemplo disso: no período colonial, as mulheres dos barões de café, restringiam-se aos afazeres domésticos, sem nenhuma participação política. Desde meninas eram impostas a um destino de preparação para serem" belas, recatada e do lar". Por consequência desse histórico de desigualdades e submissão, as mulheres modernas ainda sofrem discriminações por causa de seu gênero.     No entanto, a escritora e ativista social Helen Keller afirmava que sozinhos pouco podemos fazer; mas juntos podemos fazer muito. Tal declaração, permite a reflexão de como isso concretizou-se no Brasil no final do séc.XIX com a mobilização das mulheres. Nesse momento o feminismo surgiu em prol dos direitos igualitários entre homens e mulheres. Esse movimento tem inúmeras representantes femininas que dão voz aos anseios silenciados pelo machismo, também lutam para que a desvalorização e as formas de submissão à mulher sejam extintas nos diversos contextos sociais. Dessa forma, elas conquistaram muitos direitos como; o voto, o divórcio, a educação e o trabalho. Apesar dessas inúmeras conquistas já alcançadas, a caminhada ainda não terminou.      Fica claro, portanto, que as mulheres de Atenas "submissas" devem desvanecer, o que permite que o pensamento de Helen se efetive através dos direitos que serão conquistados pelo movimento feminino e apoiado pelo Governo Federal. Nesse sentido, cabe aos Meios Midiáticos em conjunto com ONGs que lutam pela igualdade de gênero, a realização de campanhas para extinguir essa desigualdade, por meio de debates em programas de televisão aberta, com exposição de dados, opiniões e especialistas no assunto, ademais a mesma organização não governamental faça palestras em escolas para alunos e pais. Espera se, com isso que o artigo 5° da constituição brasileira saia do papel e se efetive.