Enviada em: 21/10/2018

A desigualdade de gênero começa, de fato, na infância. Convém salientar, também, que não garantir a igualdade de gênero reflete de forma negativa na vida profissional das mulheres e, por conseguinte, na economia.   Durante a puerícia das meninas é costumeiro a família regular comportamentos, frases do tipo: "isto é brincadeira de menino" ou ainda "vá brincar de casinha". Todavia, tal metodologia de formação social das crianças contribui para o surgimento de uma sociedade desigual. É o que aponta um estudo realizado pela organização Plan - Organização não-governamental. Para tanto, a pesquisa foi realizada em cinco estados brasileiros, os dados mostraram que há uma disparidade habitual, pois 81% das meninas organizam o lar, enquanto que para os meninos esse número cai para 11%, ou seja, desse modo, são "forçadas" a naturalizar as atividades domésticas como exclusiva do sexo feminino - agravante.   Destarte, o apogeu da desigualdade é máxima quando analisado sob uma perspectiva profissional. Segundo dados do Instituto Brasileio de Geografia e Estatística, as mulheres recebem cerca de 76% do rendimento de um homem, ademais, a discrepância cresce ao passo que o nível de escolaridade aumenta - paradoxo. No que diz respeito à economia global, caso houvesse igualdade no preenchimento de cargos trabalhistas e semelhança nos salários, isso implicaria em um incremento de 12 trilhões de dólares ao mercado, segundo estimativas realizada pela "Mckinsey e Company"    Conforme o exposto, fica evidente que a formação social do indivíduo se configura como alicerce para futuras desigualdades - caso realizada de maneira incorreta e/ou imprópria. Sendo assim, cabe ao Governo implantar programas na grade curricular do ensino fundamental que tenham o fito de expor figuras femininas que obtiveram sucesso na carreira profissional. Por outro lado, cabe a família, como entidade basilar na formação do filhos desmitificar os pré-conceitos estabelecidos. Assim, desse modo, construir-se-á uma sociedade mais justa.