Enviada em: 21/10/2018

Igualdade de gênero: prerrogativa cidadã  A igualdade de gênero é um direito constitucional.Certamente,medidas para obtenção da justiça social devem fazer parte da agenda governamental nos próximos anos.Como pressupostos argumentativos,percebe-se a ineficiência do Estado em garantir a equidade social,bem como reduzidos investimentos na ampliação do papel da mulher no cenário político brasileiro e uma sociedade caracterizada pelo seu conservadorismo e histórico patriarcalismo.Por isso, o enfrentamento dos antagonismos pressupõe racionalidade.     Do ponto de vista político,percebe-se o descaso governamental na equiparação de oportunidades e de tratamentos aos diferentes gêneros.Nesse cenário,criar instrumentos legais de redução da estatística da diferença salarial possibilitaria a dignificação e o reconhecimento do trabalho das mulheres,caso contrário,a discriminação salarial perpetuaria-se como combustível para a exploração trabalhista e a perpetuação de uma sociedade machista.Segundo estudo da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, as mulheres ganham 20% menos que os homens para uma mesma função.Desse modo, a equiparação de oportunidades é um mecanismo de geração de riquezas.    Ademais,nos moldes de uma sociedade patriarcal,a falta da figura feminina nos cargos políticos agrava ainda mais a disparidade entre sexos.Nessa perspectiva,elaborar instrumentos de ampliação do poder de representatividade da mulher na política fortaleceria os movimentos sociais e a isonomia de gêneros ,de outro modo,favoreceria a perpetuação do atual cenário de sufrágio restrito.De acordo com dados do IBGE, as mulheres representam mais de 50% da população nacional,porém,ocupam apenas cerca de 13% dos cargos efetivos.Dessa maneira,as economias emergentes devem repelir as relações de trabalho desarmônicas.    Em suma, a desigualdade de gênero é uma questão cultural.Não restam dúvidas de que o progresso da paridade de gênero enfrenta diversos obstáculos em uma sociedade culturalmente machista.Como encaminhamentos propositivos exige-se que sejam criados projetos de leis que regulamentem a equidade salarial entre homens e mulheres por intermédio do Poder Lesgislativo,assim como a elaboração de um programa na Câmara dos Deputados e do Senado, em que 50% dos cargos devem ser preenchidos por mulheres,por meio do Governo Federal,buscando aumentar a representatividade feminina na política .Afinal,a integração entre os gêneros tem um perfil preservacionista.