Enviada em: 04/07/2019

Durante o período colonial no Brasil, a sociedade era marcada por uma pirâmide de poder familiar, a qual no topo estavam os senhores de engenho e próximo a base as mulheres e crianças, que eram forçados a ser submissos ao líder. Hodiernamente, o sexo feminino se empoderou e conseguiu alcançar uma posição semelhante, todavia, a desigualdade entre os gêneros ainda prevalece em diversos setores, tais quão no salário. Sob esse viés, é notório o patriarcalismo estigmatizado no âmbito social, assim como, o machismo, o qual ainda se faz presente no século XXI.   O equilíbrio entre os gêneros é algo almejado há séculos, porém é constante o retrocesso aos padrões antiquados. Consoante o sociólogo Howard Becker, na sua obra “Teoria da Rotulação”, os cidadãos são coercidos a seguir o senso comum, de modo que aquilo que foge ao estereótipo, é categorizado com atributos negativos e pejorativos. Desse modo, quando uma mulher não está em casa, fazendo comida, servindo o marido e cuidando dos filhos, é vista como “depravada”, logo, a sociedade patriarcal ganha força na contemporaneidade quando essa, é julgada pelo simples fato de trabalhar, não se casar, de querer ser livre e buscar seus direitos.   Outrossim, há diferenças entre vertentes como o feminismo, que luta pela igualdade de direitos entre os gêneros, e o machismo, que objetiva a superioridade do sexo masculino. Diante disso, a feminista Simone de Beavour, publicou a obra “O Segundo Sexo”, um debate em que aborda a inexistência de diferenças comprovadas cientificamente entre esses gêneros, afirmando, pois, que são iguais e excluindo a possibilidade de um ser superior ao outro. Desse modo, não há divergências biológicas entre ambos, fator esse, que demonstra a falta de lógica nessa sobreposição, a qual é embasada em uma vertente sem ideologias ou qualquer razão para existir.   Diante do exposto, a inferiorização do sexo feminino é baseada em estereótipos ancestrais, ou seja, padrões pré-definidos para com esse gênero. Portanto, cabe aos Governos Estaduais, com apoio do Ministério da Cultura, realizar palestras nas praças públicas das cidades, por meio de mulheres empoderadas que saibam mostrar o real papel desse grupo na sociedade, a fim de encorajar outras a seguirem suas vontades sem se limitar as restrições, e mostrar a todos que os gêneros não se diferem, dessarte, ambos merecem o mesmo reconhecimento. Ademais, cabe também à mídia, disseminar esses ideais em suas redes, por meio de propagandas educativas e dinâmicas. Para que com isso, a sociedade moderna se afaste completamente dos valores limitantes do Período Colonial.