Desde a Revolução Francesa, já sabemos - ou deveríamos saber - a importância dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. No entanto, quando se observa a persistência da desigualdade de gênero em pleno século XXI, percebe-se que esses ideais franceses são verificados na teoria e não desejavelmente na prática. Importantes passos já foram tomadas em uma tentativa de reverter esse quadro, porém ainda tem persistido. Nesse âmbito, hão de ser analisadas as causas desse mal e os efeitos do mesmo sobre a sociedade. Durante a Segunda Guerra Mundial, o mundo pôde observar o desenrolar da emancipação feminina, as mulheres substituíram a maioria dos operários das fábricas europeias e americanas, já que os mesmos foram listados para guerrear no evento onde foram mortos cerca de 40% da população mundial. Logo depois, houveram múltiplos avanços tecnológicos contribuintes para a expansão feminil em áreas que não fossem as do lar, como os métodos concepcionais. Contudo, tal ampliação está limitada aos valores sociais patriarcais enraizados historicamente, no caso do Brasil, desde o período colonial com a hegemônica figura do ''Senhor de Engenho''. Segundo o site ''IG'', o rendimento salarial mulheril é equivalente cerca de 70% comparado com o do seu sexo oposto.É comum no mercado de trabalho, o serviço fêmeo ser configurado de maneira submissa ao do homem, mesmo ocupando atividades e cargas horárias semelhantes, os homens tendem a receber maiores valores.Entretanto, é necessário denotar que recentemente entrou em vigor no Brasil a lei 13.104/15, condenando o feminicídio, o qual ocorre quando a mulher é subestimada ou violentada por ser do sexo feminino. Torna-se evidente, portanto, que a persistência da desigualdade de gênero é grave e exige soluções imediatas, e não apenas um belo discurso. Ao Poder Judiciário, cabe fazer valer as leis já existentes oriundas de inúmeros debates democráticos. A mídia, por sua vez, como meio de comunicação e elemento persuasivo, financiada pelo Governo Federal, deveria desenvolver capanhas, as quais instigassem nos telespectadores reflexões sobre esse tema. A escola, instituição formadora de valores, junto ás ONG's, deve promover palestras a pais e alunos que discutam essa situação de maneira clara e objetiva. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde ''O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação''.