Enviada em: 15/06/2017

Uma lição de Kant.    Direito ao voto. Educação superior. Ingresso ao mercado de trabalho. Esses são um dos diversos avanços conquistados recentemente na busca pela igualdade de gênero. No entanto, apesar da suma importância no mundo contemporâneo, ainda existem muitos empecilhos relacionados ao passado a serem superados no caminho desse objetivo.     Antes de tudo, é crucial destacar os benefícios da equidade de direitos e deveres entre os homens e mulheres. Pesquisas apontam que países com maior paridade possuem, também, maior índice de felicidade. Acredita-se que isso se justifica pela maior disponibilidade de tempo, uma vez que o marido deixou de ser o único responsável pelo sustento da casa. Consequentemente, é capaz de realizar mais atividade prazerosas como programas em família.     Em contrapartida à esses benefícios, muitos problemas ainda precisam ser superados para que se atinja o ideal de igualdade. Segundo Simone de Beauvoir, ninguém nasce mulher, torna-se uma. Esse conceito sintetiza a ideia de que os valores atribuídos à figura feminina são posturas e expressões aprendidas ao longo da vida. Um exemplo disso é o machismo passado por gerações, que consente nas diferenças de oportunidades entre os sexos, como empregos e salários.     Desse modo, fica claro que a equidade sexual é fundamental e que ainda há muito a ser feito para que seja atingida. Para isso, o poder público, através de políticas afirmativas como benefícios fiscais às empresas, pode estimular a empregabilidade feminina e, em médio prazo, tornar mais homogêneo o mercado de trabalho. Também cabe à escola, junto da família, corrigir valores que distancie a sociedade desse ideal, com palestras e aconselhamentos que ensine o respeito e a alteridade. Pois como dito por Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele.