Enviada em: 11/05/2017

O preconceito de gênero é observado desde os primórdios da civilização humana, podemos citar exemplos como na Grécia Antiga, na qual as mulheres não eram permitidas usufruir de direitos políticos, e na  história contemporânea, que desde á revolução industrial, a mulher não ganha os mesmos salários se comparados aos dos homens. Portanto, esse processo histórico de inferiorização da mulher causa uma visão da sociedade de submissão desta aos homens, que é evidenciado no século XIX pela diferença salarial entre os gêneros.      Segundo Rousseau, as mulheres não estavam presentes no contrato social, assim, os homens teriam o domínio sobre estas. Já para filósofos iluministas, como Kant, a mulher era vista como um ser sentimental e o homem como o racional, assim, não o papel da mulher exercer a razão. Tanto para Rousseau tanto para Kant, a mulher era vista como submissa ao homem e esses pensadores refletem o pensamento de sua época, devido ao processo de inferiorização iniciado desde os primórdios da humanidade e intensificado na Idade Média, devido a Igreja passar aos seus fiéis uma visão pecaminosa da mulher. O que faz com que a persistência do preconceito de gênero se estenda até o momento em que vivemos.       Atualmente, o preconceito de gênero é evidenciado pela diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função.  A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) , o estudo revela que em 2012, a relação salarial entre homens e mulheres foi de 73%. O que evidencia que o preconceito está enraizado na sociedade, ultrapassando os limites individuais e se instaurando nas próprias práticas sociais. Segundo Albert Einstein é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado.       Portanto, medidas são necessárias para a  desintegração desse preconceito. Devendo partir do Ministério da Educação, para este orientar escolas, para que possam trabalhar por meio de palestras, e aulas, ministradas pelos próprios professores, sobre questões de gênero e sobre pensamento de grande parte da sociedade com relação ao papel da mulher em cada período da história. Também deve haver a inclusão da mídia nesta causa social, por meio de propagandas e  debates com relação ao tema,  com o intuito de gerar pensamentos críticos sobre os direitos que devem ser respeitados pela sociedade.