Enviada em: 26/06/2017

A igualdade de gênero é garantida pela constituição de 1988, contudo, o pensamento conservador ainda prevalece. Salários desiguais pela mesma função, violência doméstica, assédio e submissão são apenas alguns dos problemas enfrentados pela mulher contemporânea, que apesar das grandes conquistas como o direito ao voto - ratificado no Brasil apenas na década de 30 do século passado - sofre com a disparidade econômica, social e política entre os sexos, vendo a igualdade apenas como uma utopia.         Primeiramente, é válido destacar o processo histórico feminino. Por muito tempo a mulher foi vista como ser inferior, submisso e meio de reprodução enquanto o homem era a base do sustento, poder e meio de produção. O filme As Sufragistas relata a luta das mulheres pelo direito ao voto, e como elas não eram tratadas com seriedade por causa do seu gênero. A herança recebida de um passado patriarcal subjuga a inteligência da mulher submetendo-a como ser intelectualmente inferior ao homem, gerando como consequência a perda na disputa por empregos mesmo com escolaridade acima do concorrente masculino. Segundo a Catho, no Brasil 63,2% das mulheres possuem graduação e pós-graduação, contra 55,3% dos homens, contudo, o salário dos homens continua sendo maior.          Nascer, brincar com bonecas, crescer, ser uma boa esposa e mãe. A educação das meninas tem sido a mesma por muito tempo. Designam tarefas para os meninos e para as meninas, destacando trabalhos domésticos para o sexo feminino em detrimento da educação, porém, houve uma melhora neste aspecto devido aos movimentos feministas criados no século XX que influenciam mães, pais e filhos. Parafraseando a escritora nigeriana Chimamanda Adichie, é importante não prescrever como as meninas devem ou não ser, ou como devem se comportar na frente dos homens, isso apenas ratifica a ideia de superioridade masculina já existente, levando os garotos a acharem que tem direito sobre a vida do sexo oposto, o correto é incentivar ambos os sexos a serem importantes, não desvalorizando nem limitando nenhum, a fim de construir uma sociedade mais justa e unânime.         Portanto, fica claro que, a disparidade de gênero é um problema que precisa ser erradicado. A mídia como formadora de opinião pode promover mais informações sobre o movimento feminista e a importância deste para a sociedade. As famílias e escolas podem se unir a fim de desconstruir a cultura machista existente em brincadeiras e piadas. Por fim, o Estado deve atuar fiscalizando e punindo empresas que desobedecerem os anseios da constituição objetivando assim, que a utopia da igualdade se transforme em realidade.