Enviada em: 01/10/2017

Na Grécia Antiga, desde cedo as garotas eram educadas para o cuidado familiar, por vezes, tolhidas da participação social. Com o ingresso da participação feminina no mundo do trabalho, durante a Revolução Industrial, surgiram protestos que reivindicavam seu espaço na sociedade. Hoje, as mulheres conquistaram muitos direitos. No entanto, as raízes machistas, em pleno século XXI, ainda constroem empecilhos para o desenvolvimento igualitário.  Em primeiro lugar, observa-se a dupla jornada de trabalho na realidade de muitas mulheres. Isso, porque o patriarcalismo histórico ainda presente na sociedade, faz com que desde a infância as garotas sejam zeladas diante à uma conduta materna e de cuidadora do lar, afazeres caracterizados como "coisas de meninas". E ao passo que inserem-se no mercado de trabalho precisam também continuar realizando todos os afazeres domésticos. Tais fatores comprovam a pesquisa do Plan Internacional, que concluiu que 76% das mulheres que trabalham, no contexto familiar, são as únicas que também participam efetivamente na criação dos filhos.  Outro fator, é a paradoxal condição salarial entre homens e mulheres. Isso, devido ao artigo 461 da legislação garantir para a mesma função prestada ao mesmo empregador um salário igual, sem distinção de gênero, contudo, de acordo com uma pesquisa do CATHO " As mulheres ganham menos do que os homens, em quase todos os cargos." Nesse sentido, observa-se que, na maioria das vezes, são rotuladas como inferiores apenas por sua sua identificação biológica.  Torna-se evidente, portanto, o quanto, hodiernamente, as condições de igualdade ainda enfrentam obstáculos . E para que isso atenue-se, é imprescindível que as famílias parem de rotular o que é ou não coisa de menina, ensinando aos filhos, desde a infância, o compartilhamento de tarefas para que não  haja sobrecarga de afazeres para as garotas. Ademais, o Ministério do trabalho deve fiscalizar atenciosamente casos de injustiça salarial, punindo devidamente o empregador por qualquer conduta discriminatória contra a classe feminina. Com essas medidas, no futuro, a histórica luta pelo desenvolvimento igualitário começaria a ser efetivamente alcançado.