Enviada em: 02/11/2017

''A história da humanidade é a história da luta'' entre gêneros. Adaptando a frase de Karl Marx, chega-se a um dos maiores obstáculos para a construção de uma sociedade justa e igualitária: A desigualdade de gênero. A diferença salarial. Estigma de sexo frágil e o machismo, são alguns dos problemas enfrentados por milhares de mulheres. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste na sociedade brasileira, por ter raízes patriarcais e ideológicas.    Em primeiro lugar, nota-se que a sociedade brasileira ainda não conseguiu desprender-se das amarras patriarcais. Segundo o Catho – empresa classificadas de emprego, no Brasil 63,2% das mulheres possuem graduação e pós graduação, contra 53% dos homens, contudo o salário das mulheres continua sendo menor, ainda que ocupem os mesmos cargos. Comprova-se isso pelo fato de elas ingressarem no mercado de trabalho tardiamente. Nesse ínterim, a cultura machista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar-se na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à primeira vista.   Conforme previsto pela Constituição Brasileira e no artigo 5° da Constituição Brasileira, todos são iguais perante à lei, independente de cor, raça ou gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para os que desempenham mesma função, também garantida por lei. No entanto, o que se observa em diversas partes do país, é a gritante diferença entre os salários de homens e mulheres, principalmente se estas foram negras. Esse fato causa extrema decepção e constrangimento a elas, as quais sentem-se inseguras e sem ter a quem recorrer. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para solucionar a problemática.   Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas e que a persistência da desigualdade de gênero, principalmente contra a mulher no Brasil é grave e exige soluções imediatas, e não apenas um belo discurso. Para isso, a escola deve promover palestras, através de professores capacitados,  desde as séries inicias, sobre a temática ''igualdade de gênero'' , a fim de formar cidadãos mais conscientes, críticos e atores sociais. Outrossim, o poder público, através de políticas afirmativas como benefícios fiscais às empresas, pode estimular a empregabilidade feminina e, em médio prazo, tornar mais homogêneo o mercado de trabalho. Soma-se a isso o papel da sociedade civil, ao apoio às mulheres e aos movimentos feministas que protegem as mulheres e defendem os seus direitos, expondo a postura machista da sociedade. Dessa maneira, com apoio do Estado, sociedade e escolas, aliado ao debate sobre a igualdade de gênero, é possível acabar com as amarras patriarcais e ideológicas.