Enviada em: 31/03/2018

A Luta de Todas     Desde muito tempo, os movimentos à favor da igualdade de gênero ocorrem pelo mundo, tanto as manifestações feministas de 1960, como o atual movimento “He for She”, marcaram a luta das mulheres. Entretanto, ainda que elas tenham conquistado leis mais igualitárias, há uma considerável diferença entre homens e mulheres, em relação às questões sociais. Sendo assim, é necessário refletir sobre o tema, já que a Constituição Federal, no seu artigo 5º, prevê a igualdade entre homens e mulheres e, por outro lado, ainda exista tantas distinções.       Cabe ressaltar que, o maior contraste está instalado no mercado de trabalho, cujo tema salarial é o ponto mais alto dessa alteridade. Nesse contexto, o IBGE realizou uma pesquisa, mostrando que as mulheres ganham quinhentos reais à menos que os homens, na média salarial. Outro fator está relacionado ao papel fornecido às mulheres, no ambiente doméstico. Nesse caso, ainda existe a ideia ,ultrapassada, que as mesmas devem cuidar da casa e dos filhos, por mais que trabalhem fora.  No tocante a isso, observa-se os comerciais de produtos domésticos, que são realizados, majoritariamente, por elas. Efetivamente, isso ocorre pois a sociedade ainda é machista e elas acabam sendo alvo de certos preconceitos. Ocorre que, as atitudes mencionadas colaboram com a permanência da estratificação dos gêneros, favorecendo a manutenção da cultura machista.      Todavía, conforme citado por Simone de Bouvoir, os padrões de gênero não são biológicos, mas sociais, logo podem ser redefinidos. Sob esse viés, a fim de se opor ao sistema, os movimentos feministas ganham força. Desse modo, as manifestações como “He for She”, criado pela ONU mulheres, servem para conscientizar e discutir a igualdade de gêneros, bem como o empoderamento feminino. Então, eles são importantes para evidenciar o tema, criando a possibilidade de mudar a perspectiva da população, podendo causar alteração nas leis e o rompimento de preconceitos.      Fica evidente, portanto, que garantir o nivelamento do gêneros é imprescindível para uma sociedade mais homogênea. Assim, o Ministério do Trabalho poderia fiscalizar as principais empresas, através de intensa auditoria, para verificar a existência de disparidades salariais, dentre outros, aplicando-lhes severas multas. Além disso, as mídias e ONGs poderiam realizar campanhas em redes sociais e televisão, a fim de conscientizar a população sobre esse assunto, fomentando o debate entre as pessoas. Talvez tais medidas possam criar condições para garantir o que preconiza o artigo 5º da Carta Magna, tornando a sociedade um pouco mais justa e consciente.