Enviada em: 19/07/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a cultura do estupro, no Brasil, nota-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não na prática e a problemática persiste ligada à realidade do país, seja pela ineficácia da segurança pública, seja pela objetificação da mulher.       É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo Aristóteles, "A política deve ser feita de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade". Nesse sentido, observa-se que, no Brasil, apesar da Constituição garantir segurança e liberdade a todos, as mulheres ainda não se veem seguras do estupro, haja vista que cerca de 50 mil mulheres sofrem estupro todos os anos, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.        Outrossim, destaca-se a objetificação da mulher como impulsionador do problema. Muitas vezes, no cotidiano, é propagada a cultura do estupro pela mídia. Prova disso são os comerciais onde colocam uma mulher de biquíni para vender cerveja e novelas onde a mulher é colocada para fazer sexo somente para satisfazer o parceiro. Fora das telas, esse problema não é atual. Na idade média, antes de se casarem, os servos deviam entregar suas mulheres aos senhores feudais para que esses realizassem a chamada "primeira noite" e depois os servos teriam o aval para se casar.       Portanto, diante dos fatos supracitados, cabe ao Governo Federal passar a lei da castração química para estupradores, como acontece nos EUA e na Itália, dessa forma haver-se-á a conscientização da população e, por conseguinte, a redução dos estupros. Do mesmo modo, a Mídia deve parar de objetificar a mulher e começar a valorizá-la por meio de novelas e séries que retratem a mulher como protagonistas mostrando os seus valores socioculturais e não sexuais com o fito de desenraizar valores patriarcais.