Enviada em: 26/07/2018

No livro “O cortiço”,do romancista Aluízio Azevedo,é contada a história,dentre outros personagens, de Piedade que, após um divórcio,entrega-se à bebida e sofre constantes abusos de homens que aproveitam-se da situação. Fora dos livros,a aculturação do estupro é um problema a ser pautado no Brasil, e que devido à inércia governamental no combate e prevenção, instala-se deixando sequelas em suas vítimas.    É indubitável,que a parcela feminina é constante alvo de violências e opressões,sendo marginalizada pela sociedade que,de modo determinista,tende sempre à acusa-las como culpadas por serem vítimas de atitudes retrógradas como abuso sexual. Mediante à essa derrota,que segundo o filósofo Jean-Paul Sartre é a violência independente da forma que se manifeste,vê-se,que paradoxalmente,o governo trata de modo paliativo procedendo a situação,disponibilizando poucos defensores para investigarem os casos,deixando processos sem respostas ou durarem em média 7 anos,de acordo com o Conselho Nacional de Justiça.    Sob outro ângulo,nota-se a inércia governamental em precaver atitudes de normatização do estupro. No ano de 2016, a marca de cerveja SKOL deixou ainda mais evidente o modo como a população normatiza a violência sexual, através da propaganda: “Deixei o não em casa.” No entanto,nenhuma medida foi tomada para conscientizar a população,principalmente jovens,que podem ser futuros agressores. Com isso,forma-se sempre novas gerações aculturadas pelo estupro,tornado-se um círculo vicioso.    Assim sendo,é mister a aplicação da filosofia marxista que visa superar a inércia e agir. O Estado deve disponibilizar uma maior número de defensores públicos para investigar e julgar os casos  a dar punições exemplares aos agressores,para mostrar a população o quão nocivo e anormal é a violação sexual. Ademais, crie um programa nas escolas chamado “Eu respeito” com psicólogos e agentes da lei informando à todos como identificar e denunciar tais atitudes abusivas. Poder-se-á ,assim,impor mais respeito ,visando as vítimas, e evitar a criação de gerações que cultuem essa mazela.