Na série Game Of Thrones, a personagem Sansa Stark comprova que há tempos acontece casos de estupro. No Brasil atual, a realidade não é diferente; e a falta de políticas e delegacias especializadas em crimes de estupro e o estigma do machismo impedem a solução desse problema. Nesse âmbito, cabe discutir formas para solucionar essa problemática. Primeiramente, é preciso destacar a questão constitucional e a sua aplicação, haja vista que não existem delegacias especializadas em crimes de estupro e há uma ineficácia na política pública. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, existem brechas na lei, o que impossibilita da justiça ser feita e consequentemente, o equilíbrio não ser alcançado. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da pratica da regulamentação como forma de combate à problemática. Além disso, há o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, os homens se acham no poder de dominar uma mulher, humilhá-la e estuprá-la, logo, em nossa sociedade, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem. Dessa maneira, constrói-se uma cultura de estupro, na qual o sexo feminino tem medo sob a constante ameaça de sofrer um estupro. Portanto, medidas são necessárias para atenuar o problema. Desse modo, cabe ao Poder Legislativo criar um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Ademais, o Governo Federal deve criar delegacias especializadas para o crime de estupro e modificar o atendimento às vítimas, priorizando-as e oferecendo sigilo, proteção e apoio emocional a elas, além de aplicar campanhas de abrangência nacional propagando o combate à cultura do estupro. Quem sabe, assim, o fim da cultura de estupro deixe de ser uma utopia para o Brasil e o equilíbrio seja alcançado.