Enviada em: 28/07/2018

Na série "Mad Men", situada em meados dos anos 60 na cidade de Nova York, é possível observar como as mulheres eram subjugadas - maus tratos no ambiente familiar, constrangimentos no ambiente de trabalho e objetificação da figura feminina - pelos homens que, alicerçados em uma cultura machista, tratavam-nas como bem entendessem. No entanto, tais situações ainda são vistas nos dias de hoje, são restícios de uma herança cultural que deve ser combatida.       Nota-se que o machismo - gestos ou ações que põe a figura feminina de uma maneira fragilizada, inferior - ainda é muito presente em nossa sociedade. Apesar dos enormes esforços de pessoas públicas e ONGs no combate à cultura do estupro, observamos mulheres passando por situações em que são objetificadas e humilhadas publicamente, como na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, em que torcedores brasileiros que constrangeram uma mulher russa, fazendo alusão ao seu órgão sexual, sem que a mesma soubesse do que se tratava, o que mostra que atitudes machistas ainda são reproduzidas.       Aliado a isso, atitudes que colaboram com tal quadro são reproduzidas comumentemente, como músicas, vídeos e piadas sexistas, que objetificam a mulher. Além de haver uma grande relativização em casos de assédio ou de estupro, a exemplo do que ocorreu com uma adolescente no Rio de Janeiro em 2016, que sofreu um estupro coletivo e foi culpada por parte da opinião pública pelo acontecimento.         É necessário, portanto, que o geverno, por intermédio do Ministério da Educação, invista em materiais educativos às crianças, conscientizando-as desde cedo sobre os direitos das mulheres e sobre a igualdade de gênero e, concomitantemente a isso, as escolas têm o dever de aproximar os pais desse processo de conscientização, para que, assim, possamos viver em um mundo diferente em alguns aspectos do retratado em "Mad Men".