Enviada em: 28/03/2017

Desde a antiguidade, a figura feminina vem sofrendo com repreensões, onde a sua voz, a sua opinião não é respeitada. Podemos citar, a Grécia antiga e nos remeter a cidade de Atenas, em que a mulher possuía a função de ser bela, recatada e do lar. Visto que, ela não possuía participação política, junto com estrangeiros e escravos.             A humanidade apresenta uma certa característica, em que só visa determinado problema ou assunto, quando ocorre alguma tragédia em torno dele. A cultura do estupro só ganhou visibilidade, por conta do estupro coletivo, em que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo uma adolescente de 16 anos e 33 rapazes. Na visão da sociedade, o motivo para tal ato de crueldade, ocorreu pelos motivos da moça estar embriagada e por possuir vestimentas curtas, ou seja, ela pediu para sofrer violência sexual. Ultimamente, a vítima de estupro, se tornou algo banalizado, visto que a sociedade, procura justificativas e motivos que levaram a vítima a sofre o abuso sexual. Antes de mais nada, devemos enfatizar que a culpa não é da vítima.                Além do estado de embriaguez, vestimentas curtas, existem outras justificativas, com por exemplo: Machismo, patriarcalismo, objetificação da mulher, homofobia e sexismo. Pensamentos como ''Lugar de mulher é na cozinha'', ''O que custa abrir as pernas'', alimentam o discurso machista, submetendo o papel da mulher a submissão do homem, em que, por serem um casal, o indivíduo se acha no direito de forçar uma relação sexual com a sua esposa, apenas para satisfazer o seu ego, desejo, tratando a sua companheira como um objeto, já que, um objetivo não possui ação espontânea e nem sentimentos. Devemos respeitar o ''Não'', visto que não é não, e não envolve um jogo de sedução, em que a jovem está se fazendo de difícil. ''Uma mulher só vira mulher após ter relações sexuais com cara'', isto é completamente errado! Principalmente, a casos de estupro envolvendo lésbicas. Primeiro, o indivíduo não escolhe ser gay, ele se baseia em sua orientação sexual. Ou seja, forçar uma relação sexual com uma lésbica, não irá fazer com que ela fique ''curada'' e mude sua orientação sexual.            Interfere-se que devemos debater este assunto desde as escolas, devemos nos basear na frase de Pitágoras ''Eduquem as crianças para que não seja necessário puni-las quando se tornarem adultas'', ou seja, trabalhar na criança o respeito a opinião e a decisão de cada pessoa, ensinando a tolerância. Maior visibilidade a mulheres nos cargos políticos, para que elas possam trabalhar implementando uma maior rigorosidade em casos que envolvam violência, seja ela sexual, física ou psicológica. E o governo, junto com a mídia, abordar mais esse tópico, com o implemento de campanhas e debate acerca do assunto.