Enviada em: 13/05/2017

No começo do ano de 2017, um caso de estupro coletivo ganhou repercussão nos jornais, pois a vítima é uma criança de 12 anos, semelhante a outro caso que ocorreu no ano anterior em que uma adolescente de 16 anos foi estuprada por 33 homens. Atos com estes são uma realidade todos os dias na sociedade brasileira e só ganham destaque quando são retratados pela mídia e estes são rapidamente esquecidos.         No decorrer da formação da sociedade vários fatores contribuíram para uma identidade patriarcal e machista, pois a mulher sempre foi vista como um objeto sexual do homem, e quando vem á tona um acontecimento de estupro são várias as justificativas usadas culpando a vítima, exemplos como: qual roupa estava usando, onde estava ou se estava bêbada são de grande recorrência quando tratamos do assunto.       Dentro de uma sociedade como esta, várias questões dificultam a resolução do impasse já que dados revelam que apenas 10% das mulheres que são estupradas venha a denunciar, isso em virtude do medo do agressor e vergonha perante conhecidos, além disso são diversos os casos registrados em que a vítima sofreu a agressão pelo companheiro ou por membros da família. Outra questão é o grande preconceito quando tratamos que a vítima é um homem, essas situações são menos frequentes porém ainda acontecem e não são relatadas.           Entretanto, vários problemas dificultam a resolução do impasse pois o assunto não ganha a devida atenção, pois são poucas as escolas e famílias que debatem acerca disso, ademais não se tem campanhas e propagandas suficientes para que as pessoas se informem quanto a isso, e essas iniciativas como palestras e campanhas contribuem para que a vítima delate a violência que sofreu.        Portanto, medidas de conscientização feitas pelo Ministério das Comunicações por meio de propagandas em intervalos comerciais de televisão e rádio, também cartinhas distribuídas a população são de extrema importância para a resolução do impasse. Tomando disso o Ministério da Justiça junto com a polícia civil devem criar uma ouvidoria pública online para que as vítimas possam denunciar anonimamente, e devem garantir que os processos sejam devidamente investigados e julgados além de preservar a identidade e integridade das vítimas. O filósofo Pitágoras cita ''eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens'' assim sendo, o Ministério da Educação deve organizar palestras em escolas e universidades ministradas por ativistas feministas e pedagogos a fim de conscientizar os jovens e os pais acerca do problema, demonstrando dados e debatendo para que essas pessoas reconheçam que a culpa nunca é da pessoa que sofreu o estupro, e sim inteiramente do agressor.