Enviada em: 21/05/2017

Primeiro Passo Cultura, pode ser entendido como: os conjuntos de hábitos e aptidões adquiridos em uma sociedade. Sabe-se, que, no mundo, comportamentos de objetificação e inferiorização da mulher são majoritários. Dessa maneira, é imprescindível o combate à cultura do estupro, pois essa, tem consequências incalculáveis na sociedade.  É elementar ser levado em consideração que a instrução familiar possui papel protagonista na bagagem cultural. Se os pais não ensinarem aos meninos que as mulheres precisam ser respeitadas, não é de se esperar que eles apresentem um bom comportamento. Isso porque, caso os pais abram mão dessa voz harmônica, uma voz desarmônica de terceiros pode fazer esse papel. Dessa forma, convencer os meninos, desde cedo, pode evitar a perpetuação dessa cultura e seus possíveis efeitos deletérios.  Em detrimento dessa questão, podemos notar uma concomitância de valores incoerentes com os direitos femininos em diversas sociedades. No Brasil, por exemplo, faz sucesso músicas de baixa idoneidade que contém versos os quais fazem a alusão à uma superioridade masculina. Já em boas partes dos países islâmicos essa falsa crença de superioridade é ainda mais evidente, na Argélia, a agressão domiciliar pode ser considerada virilidade do homem. Assim, sem voz, as mulheres perdem o direito de defesa, e, muitas vezes, o poder sobre o próprio corpo e, nesses casos, um “não” é ignorado.  Torna-se evidente, portanto, que o enfrentamento da cultura do estupro é urgente. Para reverter essa problemática, é preciso que a ONU (Organização das Nações Unidas) realize fóruns internacionais com líderes de Estado, abordando maneiras de conceder participação social às mulheres (empoderamento). Deve, inclusive, em conjunto com a mídia criar campanhas que incentivem, através da empatia, o respeito ao espaço feminino. Talvez, assim, como disse Oscar Wilde, o descontentamento seja o primeiro passo na evolução da sociedade.