Enviada em: 04/07/2017

A cultura do estupro nada mais é que: crenças, normas e valores estabelecidos em um meio onde condutas são impostas acerca da maneira como a mulher se comporta e se expressa. Apenas a existência dessas condutas caracteriza a falta de respeito perante as vontades das mulheres e, as tornando as únicas responsáveis pelo crime.     A desumanização dessas mulheres é algo constantemente visto. Comentários como: "fiu-fiu" ou "gatinha" desrespeitam a vítima,agregando seu valor ao de um objeto que deve ser apreciado. Atitudes como essas, que requerem consenso e respeito, agridem a liberdade sexual das mulheres.    50 mil pessoas são estupradas por ano, no Brasil. No entanto, apenas 10% dos casos são de conhecimento da polícia, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A falta de proteção para com essas vítimas é absurda e o fato de apenas serem registrados 10% dos casos se dar por inúmeros fatores, mas, principalmente, pela desconfiança de familiares e autoridades, questionando sobre qual roupa a vítima vestia, como se comportava, em que ambiente se encontrava. Tais questionamentos alegam que se a vítima estivesse se vestindo de outra maneira, se comportando melhor ou, em outro tipo de ambiente, o estupro poderia ter sido evitado. Afirmativas desse tipo confirmam que, o estupro é o único crime no qual a vítima é julgada junto com o criminoso.        Portanto, para que o estupro não continue sendo um crime tão silencioso, é necessário intervir. Junto a mídia, por meio de propagandas, incentivar denúncias, com garantia de anonimato e proteção, que será feita pela Polícia Civil. Ademais, o Ministério dos Direitos Humanos deve promover uma maior conscientização acerca dos comportamentos que uma vítima de estupro e o estuprador apresenta, a mídia também ficaria encarregada disso, para que pessoas próximas possam reconhecer para que possam ajuda-las e evitar contato com possíveis estupradores.