Enviada em: 14/07/2017

Mulher, uma palavra que por um longo período remetia a um ser inferior, submisso, incapaz. Ao longo dos anos com o avançar da tecnologia e o maior acesso a diferentes culturas e informações, a ideias distintas, as pessoas foram notando que não era assim, que não devia ser assim. Platão já foi, a risco podemos disser, atrevido em afirmar que as mulheres poderiam exercer o cargo que lhes coubesse a natureza, qualquer cargo, ela teria somente que ter domínio e conhecimento do próprio. Mulheres não são objetos, não são feitas para o prazer, não são inferiores, são seres humanos e merecem ser tratadas como tal.       Existe ainda hoje várias culturas que escolhem o marido para a menina quando ela ainda é nova, e diversas culturas que tratam a mulher de maneira distinta. Em uma sociedade como a nossa é difícil acreditar que existe diferença entre homens e mulheres, que ações, roupas, justificam fins, como estupro, assédio verbal.        Prevalece um padrão de vida para as mulheres que não pode ser aceito, é preciso parar e pensar a respeito. Não existe inteligência, raciocínio nesse padrão ideal. Quando se elogia uma mulher a primeira coisa que vem em mente é "Linda", "Gostosa", como se ela tivesse que satisfazer algum tipo de desejo e ficar agradecida por esses "elogios" que são muitas vezes usado como cantada quando uma moça passa na rua.       Simone Beauvoir já dizia que as mulheres deviam permanecer em constante luta, seus direitos são facilmente questionados, e isso não pode ser aceito. Desde da antiguidade obras e ideias são roubadas de mulheres e apresentadas com assinaturas masculinas, porque mulheres não podiam pensar nem se manifestar, quantos homens já não tiraram vantajem de ideias de mulheres, quantas escritoras, atrizes, pintoras não foram sufocadas por serem mulher? Muitas. Uma matéria publicada no jornal ElPaís cria um hipotética irmã de William Shakespeare, a qual teria a mesma genialidade que seu irmão na escrita e põe em dúvida, teria ela a mesma repercussão que William Shakespeare? Provavelmente não, as obras dela seriam mal vistas se acompanhadas com sua assinatura.       A cultura que existe de criar todos pra que olhem para as mulheres como frágil, sem voz, tem que acabar. É preciso acabar com a ideia de que o comportamento da mulher justifique alguém violar o espaço da mulher, violar a mulher. É preciso mudar o sistema educativo das crianças, para que essas crescem e saibam se tratar de igual para igual, exigir respeito é ter direito, desconstruir a ideia de mulher é preciso, a mídia é um bom caminho para isso, já que é um meio que atinge quase todos os cidadãos, propagandas e diversos anúncios mostrando que a mulher não é um objeto, é um início.