Enviada em: 03/10/2017

Apesar de o sexo feminino ter ingressado no mercado e conquistado o direito ao voto com Vargas, pensamentos patriarcais como a visão de que as mulheres são frágeis, inferiores e objetos sexuais ainda prevalecem fortalecendo a cultura ao estupro. Não há como negar que o estupro é um dos crimes mais silenciados no Brasil e isso se dá pela ineficiência da legislação vigente, refletida na impunidade vista ano após ano.  Em uma primeira análise, a disseminação de que o valor de uma mulher está relacionado à condutas morais ou sexuais e a prolongação do pensamento de que a forma como uma mulher se veste pode gerar um despertar na prática do estupro, são retrógrados a qualquer tipo de resolução. O assédio, desrespeito e falta de controle advindo dos agentes não podem ser justificados por nenhuma atitude ou decisão de vestimenta da mulher desde que a mesma não consentiu determinado abuso.  Em uma segunda análise, a não perspectiva de mudança gera medo, pois sofrer um estupro pode ocasionar em terríveis consequências como o aborto, suicídio, transtornos, estresses patológicos, DSTs e gravidez. Vale lembrar que em estágios primários da formação do homem, se inclue a imitação de um padrão visto, portanto é preciso quebrar pensamentos primitivos banalizando a imagem mulher para os mesmo não serem repassados de gerações em gerações.  Em decorrência dos fatos citados, é preciso que a prática da cultura ao estupro seja quebrada e que o estupro se torne crime hediondo com punições rígidas aos transgressores e isso pode ser feito por meio do estado aliado ao judiciário. Tamanho o espaço do poder midiático na contemporaneidade, este contribuiria muito demonstrando um posicionamento realista de conscientização tanto dos homens quanto à valorização das mulheres, quanto da população em geral no que engloba o crime em si e o prolongamento dessas atitudes pode gerar uma grande perspectiva de mudança e respeito às mulheres pois como disse Immanuel Kant “o homem é aquilo que a educação faz dele”.