Enviada em: 15/10/2017

Desafios de uma sociedade moderna        "Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança", é o que consta em um dos artigos da declaração universal dos direitos humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ante a este discurso, é fácil constatar a divergência entre o que deveria ocorrer na teoria e o que de fato acontece na realidade brasileira, apenas observando o número crescente de incidentes de aspecto sexual contra as pessoas do gênero feminino. "Quando a violência sexual torna-se algo usual dentro de uma sociedade, podemos usar o termo cultura do estupro para nomear tal abuso", essa é a definição abordada pela jornalista Grazi Massonetto e nos contextualiza muito bem nos tempos atuais.       Tendo em vista que, mulheres têm seus direitos "roubados" todos os dias, sendo subjugadas, discriminadas e objetificadas por homens de seu ciclo social/profissional ou meros desconhecidos. Essa condição torna extremamente difícil para qualquer pessoa ter uma vida digna, sem precisar se preocupar com que roupa vestir ou até mesmo com a sua segurança em cada instante do dia, ou seja, o que deveria ser dado como um direito, torna-se em algo praticamente inalcançável dentro da sociedade.       Contudo, é importante perceber que o comportamento do agressor está enraizado e pode ter sido desenvolvido durante sua infância, através de exemplos rotineiros de abusos diversos (entre eles, o sexual) voltados à mulheres, ou por exposição a influencias externas ao ambiente doméstico, que de alguma forma os doutrinaram neste sentido. Considerando estes pontos, percebemos que o problema está na formação do indivíduo.       Diante desse problema, é preciso adotar medidas para minimizar os danos causados a integridade física e moral das mulheres. Em primeiro lugar, a questão merece mais atenção do Ministério da Justiça e Cidadania que em parceria com a Delegacia da Mulher, serão capazes de prender, oferecer acompanhamento psiquiátrico e aplicar punições extremamente mais severas, afim de garantir que o indivíduo possa retornar à sociedade algum dia e ainda assim, garantir que a violência não se torne em algo banal. Em segundo lugar, como forma de prevenção futura, o Ministério da Educação em conjunto com a iniciativa privada, devem elaborar palestras de conscientização que abordem principalmente a importância do convívio em grupo, respeito ao próximo e a igualdade entre gêneros.