Enviada em: 04/03/2018

"O Estado como um desconhecido para a própria sociedade."     É de conhecimento geral que um filme brasileiro não alcança metade da bilheteria de um filme estrangeiro, mesmo ambos sendo apresentados em território nacional, destacando assim um alto desinteresse da população em relação a sua própria cultura, levando a muitos questionar o motivo de tamanha desvalorização.    Hodiernamente observa-se que um cidadão conhece mais sobre a cultura europeia do que a indígena, esta última sendo demasiadamente importante para a compreensão da história do Brasil.             Portanto, foi criada em 1991 a Lei Rouanet visando incentivar empresas e cidadãos a investirem na cultura com auxílio do financeiro do governo, porém, se trata de uma lei pouco eficaz pois muitos dos fundos são desviados inapropriadamente e, ao invés de investir diretamente em cultura, o governo começou acabou deixando que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merece ser patrocinada, claramente muitos investimentos prezaram somente o lucro ou conteúdos irrelevantes, como por exemplo em filmes brasileiros com conteúdo sexuais, criando assim um mau estereótipo de que todo filme brasileiro prioriza esse tipo de conteúdo.      A cultura nacional é imprescindível para seu país, sem ela o estado não conhece sua própria origem, além de que como consequência a procura por profissões das áreas artísticas e culturais diminui, prova disso é a raridade de historiadores no Brasil. Um país sem cultura pode se prejudicar até mesmo na economia, visto que a importação seria maior.     Em vista dos argumentos apresentados, torna-se necessário uma mudança na Lei supracitada acima, onde os investimentos deveriam ser diretos somente em conteúdos da cultura nacional, tendo o Ministério da Cultura como o administrador federal da lei. Conquistado isso, o país poderia aumentar seu mercado de trabalho em áreas culturais, oferecendo um maior conhecimento e interesse até mesmo do público juvenil quanto a cultura da pátria mãe, possibilitando uma maior atividade cultural seja ela remunerada ou voluntária.