Enviada em: 05/08/2019

Para Karl Marx a sociedade capitalista desenvolveu o fenômeno do fetichismo de mercadoria- os produtos perderam seu valor real e ganharam um valor social. Dessa maneira, o preço da mercadoria não é apenas pelo seu custo de produção mas é também pelo status social que ele proporciona. Tal fato, foi notório no mundo pós guerra com o "American Way of Life"ou estilo de vida americano, que fomentou a ideia de que o consumo é responsável pela felicidade e bem estar. Nesse ínterim, o consumo aumentou significativamente e trouxe para a sociedade contemporânea as questões ambientais e o esgotamento de recursos não renováveis. Diante disso, surgiu a necessidade da economia colaborativa como estratégia e com o apoio das novas tecnologias tornou-se tendência em todo o mundo. No Brasil,o modelo consolidou-se no setor de transporte e no setor imobiliário.Como exemplo, o aplicativo Airbnb-que permite o aluguel de imóveis por temporada- é responsável por 2,5 bilhões do PIB brasileiro segundo dados da FIPE.  Ademais, os novos arranjos de consumo abrem espaço para novas oportunidades de emprego e aumento da renda. Segundo dados do SPC Brasil a média salarial dos aplicativos é 6.270 enquanto de trabalhadores formais é 2.451. Assim, é importante que essas novas maneiras de usufruir bens seja incentivada e beneficie os usuários e prestadores de serviços. Torna-se evidente, portanto, medidas a fim de fomentar a economia colaborativa. Nesse sentido, o Estado deve promover campanhas veiculadas na mídia acerca desse recurso, mostrando seus benefícios e apresentando formas de usufruir. É necessário também que o Ministério da Educação inclua na grade curricular de escolas e universidades públicas e privadas a disciplina de educação financeira, com o objetivo de ensinar  as novas gerações a necessidade do consumo consciente, aprender a investir dinheiro de forma segura e usufruir dos recursos da economia de colaboração.Para que assim, os produtos voltem a ter seu preço real e não a atribuição que é dada pelo consumo capitalista.