Enviada em: 27/03/2019

TEMA ADAPTADO: ''No combate à violência, até que ponto o policial deve interferir no cotidiano escolar?''    A violência dentro do ambiente escolar é uma realidade bastante corriqueira e preocupante no cotidiano da sociedade brasileira. Os últimos acontecimentos, como o caso do massacre na escola em Suzano - SP, nos revela uma brutalidade que precisa de medidas enérgicas que vão além da presença policial nas escolas. Nessa perspectiva, deve-se pensar em medidas alternativas que atenuariam essa violência, como o atendimento psicológico e a erradicação do bullying em sala de aula.   Em primeiro plano, sabe-se que a presença policial tornaria o ambiente escolar mais tenso e evidenciaria uma perspectiva de violência e insegurança contínua. Além disso, policiais armados patrulhando os corredores escolares traria o sentimento de medo e repulsa, o que deixaria os alunos ainda mais temerosos e vulneráveis. Desse modo, se faz necessária a intervenção policial apenas em casos isolados e extremos, onde o diálogo e a prevenção deixam de ser enérgicos.   Somando-se a isso, há outras maneiras mais eficazes que, a longo prazo, resgataria a segurança de alunos e professores. Nesse sentido, os estudantes precisam ter acesso ao atendimento psicológico com profissionais competentes, para que tristezas e preocupações (muitas vezes naturais da fase adolescente) sejam tratadas de maneira ativa, dando-lhes a devida atenção e desmistificando a ideia de que depressão não é doença. Ainda, a erradicação do bullying, que é praticado até pelo próprio professor em alguns casos, é necessária para que os alunos se sintam bem no ambiente escolar, sem desenvolver distúrbios e angústias que possam se tornar atitudes violentas no futuro.   Infere-se, portanto, que a problemática acerca da violência nas escolas é ampla e precisa ser debatida. Assim, compete ao Estado e ao Poder Legislativo instituir novas leis que garantam melhores condições de segurança dentro das escolas, como a criação de um sistema biométrico que permita apenas a entrada de pais e alunos nas dependências escolares. Ainda, deve haver programas psicopedagógicos, em parceria com o MEC, para que se trate assuntos psicológicos e dê assistência emocional aos alunos, garantindo uma educação para todos de forma pacífica.