Enviada em: 29/09/2017

Malala Yousafzai, icônica ativista pela educação, disse que um caderno, uma caneta e um professor podem mudar o mundo. Contudo, tal máxima parece apenas tangenciar a realidade educacional brasileira. Seja pelo drama da desistência estudantil, assim como a presença da violência, a esperança de uma educação de qualidade  esmorece, o que evidencia a urgência da problemática.       É indubitável que dentre as causas do problema, esteja a evasão escolar como obstáculo. Ainda é comum observar o predomínio de certo tradicionalismo perante todo a aparato tecnológico do século. Segundo pesquisas da Tecnologia de Informação e Comunicação na Educação de 2013, apenas 6% das escolas públicas urbanas usam o computador. Logo, o ensino usual sem atrativos e inovações, provoca uma desconexão nos alunos nessa engessada realidade. E que, consequentemente, configura no desinteresse pelo mesmo, culminando no abandono do ambiente escolar em busca de opções mais convidativas.        Além dos fatos elencados, a insegurança escolar é presente e agrava o panorama. A escassa fiscalização e acompanhamento pedagógico nas escolas desencadeiam atos de violência preocupantes. Um exemplo recente foi o da professora catarinense, Marcia Friggi, que fora agredida por um aluno de apenas quinze anos. Casos desse caráter, inferem a instabilidade entre aluno-professor, o qual deveria ser pacífica e harmoniosa.       Com base no exposto, fica claro portanto, que a educação tupiniquim apresenta mazelas consternadoras. Para isso, é preciso que o Estado, em especial o Ministério da Educação, revise as diretrizes da grade curricular e ofereça subsídios para inserção de mídias a fim de combater a evasão escolar. Ademais, é necessário que a escola e alunos estabeleça um diálogo saudável, assim como Habermas defende em sua Teoria da Comunicação, através da participação efetiva dos envolvidos para o estabelecimento de um consenso. Tal ação pode ser alcançada com práticas e eventos escolares, além da presença de psicólogos para o acompanhamento e instrução dos alunos. Pois, já dizia Pitágoras que ao educar as crianças não será preciso punir os adultos. E assim, finalmente conforme tais medidas, o futuro da educação será firme e principalmente respaldado no respeito.