Enviada em: 03/10/2017

A educação não é a única, mas é a principal instituição responsável pela chamada socialização secundária, isto é, por todos os processos de integração social que ocorrem além do nível familiar. Entretanto, a violência no contexto escolar brasileiro tem sido recorrente tanto entre os próprios alunos quanto entre aluno e professor e representa uma problemática grave no sistema educacional que deve ser resolvida o quanto antes.       Em uma primeira análise, é preciso perceber que dentre os tipos de violências que acontece entre os alunos, a mais preocupante tem sido o "bullying" tendo em vista a capacidade de desenvolver traumas psicológicos nesses indivíduos. De acordo com o sociólogo Pierre Bordieu, a violação dos direitos humanos não consiste somente no embate físico, mas, na perpetuação de preconceitos que atentam contra a dignidade humana. Nesse sentido, os chingamentos, apelidos e chacotas realizados pelo aluno agressor são considerados, sobretudo, uma violência moral que transgride os direitos humanos e, geralmente, tem resultado nas vítimas, problemas como vergonha de si mesmo, instrospecção social ou até maus rendimentos escolares.     É preciso destacar, ainda, que outra forma de agressão ocorrida dentro das instituições escolares tem sido aquela sucedida pelos estudantes sobre os educadores. De acordo com uma pesquisa com 32 países, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil se encontra em primeiro lugar no que concerne a violência contra professores. Nesse contexto, vale destacar que dentre as causas está a incapacidade de aceitar uma repreensão ou uma nota baixa. Com base nisso, as agressões cometidas se estendem desde as verbais - por meio de ameaças e ofensas - até as físicas. Exemplo disso foi a foto com o rosto sujo de sangue postada recentemente no facebook pela professora Marcia Friggi relatando a agressão física que ela foi submetida em sala de aula.       Diante disso, fica clara a necessidade de medidas que impeçam a continuidade da problemática tendo em vista o iminente declínio da educação brasileira. Dessa forma, para conter o bullying, ONGs incentivadas pelo Governo Federal podem realizar nos auditórios escolares, debates com educadores, os quais devem ser assistidos pelos alunos e sejam expostas as conseqüências resultadas por essa prática. Ademais,o Ministério da Educação deve dispor psicólogos em todas as escolas, os quais acompanhem alunos que apresentam personalidades agressivas e os ensinem a dialogar e respeito os professores. Assim, a violência no contexto escolar terá chances de ser solucionada.