Enviada em: 14/10/2017

O que antes era um local de extrema rigidez, com os alunos sendo submetidos a palmatórias, castigos e penas vexatórias mediante mau comportamento, agora, as escolas brasileiras são palco de diversos episódios de violência e criminalidade, como agressões a jovens, funcionários e professores. Os estabelecimentos de ensino deixaram a muito tempo de serem lugares seguros, abrindo espaço para roubos, depredações e porte de armas. É diante deste quadro, que se faz necessária uma intervenção do estado e da família para a resolução de tal problemática da educação.  Dados do questionário da Prova Brasil 2015 mostram uma realidade de guerra, 2,3mil professores dizem que estudantes freqüentaram suas aulas com armas de fogo, além de 12mil relataram a presença de alunos portando armas brancas (facas e canivetes). São números assustadores, que refletem o clima de insegurança e medo que impera num ambiente que deveria ser de aprendizado e paz.  Não existente somente na realidade brasileira, a violência escolar atinge também a maior potência do mundo, os Estados Unidos. A Plan International calcula que as ações depredatórias e violentas de jovens no ambiente de estudos já causaram um prejuízo de 158 bilhões de dólares. São casos de depredação do patrimônio público e roubos, que prejudicam de forma contundente o andamento do ano letivo, causando danos para a estrutura dos colégios como um todo.  Segundo a Doutora em Psicologia, Ângela Soligo, é urgente a presença de psicólogos nas escolas públicas, mas a sua ação não deve ser restringida a um atendimento individual de cada caso. Para ela, também são necessárias ações que visem acabar com o racismo, preconceito contra homossexuais ou a alunos menos favorecidos socialmente, é no seio destes problemas que surgem os atos de bulliyng, xingamentos e ataques físicos.  Diante do exposto, torna-se necessária a intervenção do estado brasileiro, buscando reeducar os jovens que cometem atos violentos, por meio da reeducação destes adolescentes em prédios específicos para infratores juvenis, até que possam ser reinseridos nas escolas. Já a família, com apoio de psicopedagogos disponibilizados pelo governo, pode ser orientada em como agir diante de casos de comportamento exaltado por parte dos filhos. Atuando assim, será possível não só trabalhar a conseqüência do problema, mas também sua causa, a falta de orientação adequada para estes futuros cidadãos, que têm causado tantos prejuízos para a vida desta juventude e da comunidade escolar envolvida.