Enviada em: 29/10/2018

Visando conter o grande desgaste ecológico em curso na época, a ONU elaborou, em 1987, o conceito de desenvolvimento sustentável, entendido como aquele capaz de suprir as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Hodiernamente, contudo, embora tal preceito tenha contribuído para a preservação da natureza, os efeitos da poluição ambiental na saúde dos brasileiros evidencia o continuísmo de um impasse . Portanto, a fim de a atenuá-lo, uma análise acerca de suas causas, que estão ligadas à ingerência governamental e à conduta midiática, faz-se necessária.      A priori, ressalta-se a escassez de medidas políticas como um dos propulsores do embargo. A esse respeito, Platão definiu que a preservação da justiça entre os indivíduos é mister para se alcançar a homeostasia social. Não obstante, apesar de estar previsto na Constituição Federal o acesso à saúde e o dever público de salvaguardar o meio ambiente para a presente e futuras gerações, de acordo com o site de notícias G1.globo.com, a poluição do ar, só no Rio de Janeiro, mata cerca de uma pessoa a cada dois dias; o que destoa da concepção do filósofo e atesta a inépcia do Estado como promotor do bem-estar social.      Aliado a isso, o pensador Max Horkheimer afirmou que a indústria publicitária perdeu a sua função social, pois difunde informações visando apenas o acumulo de capitais. Analogamente, a mídia brasileira, alinhada aos interesses de mercado, dissemina em filmes e novelas a ideia de aquisição material atrelada ao sentido de afirmação socioeconômica. Dessa forma, devido ao seu poder de propagação e persuasão, aliena muitos indivíduos a adotarem tais hábitos, o que, além de desgastar o solo, contribuindo para o esgotamento dos recursos naturais, aumenta a produção de lixo que, quando mal destinado, otimiza a poluição ambiental e seus malefícios para a saúde humana.      Destarte, medidas são necessárias para resolver a questão. Nesse sentido, é imprescindível que o Congresso Nacional, mediante auxílio de dados estatísticos da Organização Mundial de Saúde, disponibilize uma emenda constitucional que preveja limites para a produção de poluentes ambientais, bem como penalidades restritivas e financeiras para pessoas físicas e instituições que a descumprir, objetivando preservar a saúde dos brasileiros e garantir a integridade dos recursos naturais. Ademais, com o fito de reduzir os hábitos consumistas, os meios de comunicação devem difundir campanhas que abordem as consequências nefastas desse hábito, em rádios, TV,s e internet.