Enviada em: 04/04/2018

“O importante não é viver, mas viver bem”. De acordo com Platão, a qualidade de vida é, muitas vezes, mais considerável que a própria existência. Entretanto, é evidente que os problemas acarretados pela poluição ambiental distanciam a nação brasileira de vivenciar o pensamento do filósofo grego. Portanto, urge a necessidade de problematizar as causas desses efeitos e no que isso resulta na vida dos cidadãos. Ademais, a poluição ambiental também afeta na saúde de animais, desencadeando ímpetos na cadeia ecológica brasileira.       Em primeiro plano, ressalta-se que na Antiguidade era comum a morte de indivíduos provocada por doenças que atualmente possuem analgésicos disponíveis, a fim de amenizar seus impactos. Todavia, a medicina não avançou o suficiente para cessar as enfermidades respiratórias concebidas pela poluição atmosférica oriundas da grande quantidade de carros, motos e fábricas presentes nos centros urbanos que, de acordo com o jornal O Globo, mata mais de 135 mil pessoas nas capitais do país.       Além disso, o descarte indevido do lixo ocasionado pela negligência de políticas governamentais e pelo descaso populacional também desencadeia resíduos jogados no solo e em rios e mares que são digeridos pelas criaturas vivas, os quais, seja nos lares familiares que se alimentam desses seres, seja na teia alimentar, ocasionam infortúnios na presença de parasitas e bactérias que podem ser notados tanto na vida humana, quanto no meio animal.     Face às considerações exploradas, cabe ao Conselho Nacional de Segurança Ambiental o investimento em postos de reciclagem municipais, por meio do incentivo monetário às cooperativas privadas, a fim de que se tenha para o cidadão brasileiro estímulo financeiro proporcional a cada quilograma de material depositado, visando o proveito do lucro e do descartável. Ainda, desse mesmo órgão, espera-se também o estímulo à plantação de árvores, em que a cada muda cultivada o morador receba uma quantia financeira em troca, objetivando diminuir a poluição atmosférica. Para mais, do Ministério da Educação, em parceria com as escolas, espera-se palestras e a adoção da matéria de Ecologia Ambiental na grade curricular. Desse mesmo órgão, compete a realização de peças de teatro e gincanas em espaços públicos que, em prol da gestão ambiental, didatizem para toda a comunidade o que foi abordado. Outrossim, almeja-se do Governo Federal, a implementação do rodízio de veículos, como já ocorre na cidade de São Paulo, por intermédio do monitoramento do cadastro das placas registradas sob pena de multa às famílias que desrespeitem a norma, visando desinchar o fluxo automobilísticos nas ruas das grandes cidades e garantir a qualidade do ar brasileiro. Só assim será possível a construção de um país condizente com a premissa platônica.