Enviada em: 21/04/2017

O bullying consiste em agredir ou humilhar outra pessoa repetidamente ao longo do tempo. Na contemporaneidade, essa prática tornou-se tema de diversas discussões devido ao crescente número de crianças e adolescentes que sofrem diariamente com esses insultos. Fatores de ordem educacional, bem como social, caracterizam o dilema vivido por tais vítimas.    É importante ressaltar, de início, as falhas na educação brasileira quanto à abordagem do tema. As escolas, que deveriam ser um espaço de aprendizado e harmonia, se tornaram palco de perseguições e conflitos entre estudantes. Tal fator pode ser ratificado pela pesquisa de 2014 feita pelo Programa Abrace, que aponta para altos índices de discriminação nas escolas do país. Nesse sentido, a omissão escolar frente a essa temática corrobora com a persistência do bullying nas salas de aula.    Outrossim, tem-se os efeitos decorrentes dessa prática aos indivíduos. Dado que os agressores visam excluir e denegrir a vítima, problemas de socialização e a busca pela violência como resposta pode ser resultantes desses atos. Nesse contexto, o massacre em Realengo, em 2011, onde um jovem disparou contra vários alunos em uma escola, teve como principais motivadores os maus tratos que o autor do crime sofrera dos colegas.    É notória, portanto, a influência de fatores educacionais e sociais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em consonância com a mídia, desenvolver campanhas de conscientização acerca do bullying e seus efeitos. Tal medida pode ser realizada por meio de palestras e debates nas salas de aula e mediante propagandas educativas nas rádios e televisões. Paralelamente, o Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, deve disponibilizar psicólogos no meio estudantil brasileiro. A ideia é, por meio da capacitação dos profissionais da área, promover diálogos esclarecedores com as vítimas e com os agressores, buscando minimizar os casos de bullying no país. Assim, a sociedade se tornará mais harmônica e coesa.