Enviada em: 24/04/2017

"O ornamento da vida está na forma como um país trata suas crianças". A frase do sociólogo Gilberto Freyre deixa nítido o quanto é importante que uma nação demonstre seu interesse em relação à infância. Dessa forma, é válido analisar a questão do bullying que tem contribuído negativamente para o desenvolvimento das crianças e adolescentes.        É importante frisar de início, que o bullying ocorre principalmente entre crianças e adolescentes e no âmbito escolar. Segundo uma pesquisa realizada em escolas nos meses de fevereiro e março de 2014 disponível no site www.programasabrace.com.br, foram entrevistados professores, pais e alunos, a pesquisa revelou que as pessoas que mais sofrem bullying são homossexuais, negros, nordestinos, pobres deficientes físicos e mulheres.        É necessário demonstrar ainda, as consequências do bullying sofrido na infância ou adolescência que essas pessoas carregam até a idade adulta. O caso do Massacre de Realengo demonstra perfeitamente as consequências da crueldade do bullying. Esse massacre aconteceu na periferia do Rio Janeiro em 2011, aonde um rapaz que sofreu bullying na adolescência, entra na escola onde havia estudado, assassina doze adolescentes e em seguida comete suicídio.        Diante disso, é possível perceber que o bullying não se trata apenas de uma brincadeira ou gozação inofensiva, é a mais cruel e silenciosa violência psicológica que precisa de maior atenção social e governamental. Nesse sentido, providências são necessárias através de conscientização desde a primeira infância que deve ser promovida pelas escolas públicas e particulares com o apoio do governo federal. Junto a isso, as escolas com o apoio dos familiares e da sociedade devem desenvolver palestras de conscientização que demonstrem quais são as formas de bullying e como combatê-las. Além disso, é necessário que as Prefeituras reforcem com propagandas nas mídias de radio e televisão alertando as famílias para que estejam atentas as atitudes e comportamentos de suas crianças e ao notarem qualquer alteração comportamental, devem procurar atendimento psicológico junto aos CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) de sua cidade. Tudo isso aliado a perspectiva de se construir uma sociedade de adultos conscientes e psicologicamente saudáveis.