Enviada em: 13/07/2017

O bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas. Se trata de um problema mundial, e, no Brasil, alguns casos já chegaram ao extremo de levar alguns adolescentes vitimados ao suicídio. Um caso emblemático foi o do estudante Roliver de Jesus dos Santos, de Vitória, Espírito Santo, encontrado enforcado em seu quarto em fevereiro de 2012. Segundo reportagem da Folha de Vitória da época, ele era alvo de bullying na escola, onde era constantemente humilhado, empurrado e xingado de “gay”, “bicha”, e “gordinho” pelos colegas. Portanto, é urgente entender a gravidade desse tipo de violência para extirpá-la da sociedade.  Nesse sentido, é preciso entender o turbilhão de experimentações e descobertas pelo qual se passa na adolescência, período de transição da infância para a idade adulta. Nesse período, esses jovens buscam a autoafirmação e encaram situações complicadas, como o primeiro amor, a primeira relação sexual e quando as preferências e personalidades se acentuam. Então, meninos e meninas fora dos padrões estéticos e comportamentais começam a ser excluídos e perseguidos através de piadas, brincadeiras de mau gosto, trotes e apelidos.  Essa hostilização sistemática interpessoal ou virtual (feita através das redes sociais, chamada cyberbullying), pode levar a consequências extremas, como a depressão ou mesmo o suicídio. Além disso, outro aspecto é o fato das vítimas dessa violência apresentarem, segundo a revista Psycological Science, numa probabilidade seis vezes maior, doenças graves, de serem fumantes regulares, ou desenvolverem algum problema psicológico, tornando-se adultos inseguros e com baixa autoestima.  Diante do exposto, fica claro a importância de se combater esse mal através da punição, quando necessária, denunciando os agressores para que sejam penalizados segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Ministério da Educação deve promover campanhas permanentes para conscientizar a população sobre essa problemática. No âmbito das escolas, as mesmas devem prevenir essa prática através de palestras e debates envolvendo pais, alunos e educadores. Quanto a família, cabe o papel de dialogar com os filhos e ouvi-los em todas as suas demandas, por mais irrelevantes que possam parecer, apoiando-lhes sempre. Também é muito importante monitorar o conteúdo e controlar o tempo dos mesmos nas redes sociais, prevenindo o cyberbullying.