Enviada em: 26/06/2017

Além de brincadeira de criança “A violência, seja de qual forma for manifestada, é derrota”. Tal frase do filósofo Jean-Paul Sartre deixa nítida a negatividade do posicionamento violento da sociedade. Nesse sentido, a prática da violência entre os jovens dentro de escolas, o que caracteriza o bullying, se destaca como um mecanismo que apresenta raízes preconceituosas e intolerantes.   Um tapa, a criação de apelidos pejorativos com jovens que possuam opção sexual, peso, deficiência, ou qualquer outro sinal considerado estranho pelos colegas. A discriminação e o preconceito com os indivíduos considerados diferentes são percebidos desde a antiguidade, onde, por exemplo, na sociedade espartana, na Grécia antiga, as crianças deficientes eram mortas por serem consideradas inúteis.  Nessa perspectiva, inúmeras vezes mascarado como “brincadeiras de crianças”, esse cenário deve ser encarado sob um ponto de vista preocupante nas escolas, uma vez que os afetados, crianças e adolescentes, se encontram em faixas etárias que se apresentam como críticas janelas de vulnerabilidade emocional. Dessa maneira, é natural que sentimentos de revoltas sejam germinados nas vitimas, o que é confirmado pelas investigações do Serviço Secreto dos EUA que mostra que nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying.  Urge, portanto, que medidas por parte do Estado em conjunto com os pais e professores sejam tomadas. O Ministério da Educação deve buscar a criação de sites e aplicativos especializados em denúncias referentes ao tema, enquanto os pais e professores busquem conversar em casa e nas escolas a fim de dar apoio às vítimas, como também orientar aos agressores com o objetivo de reeducá-los e mostrá-los a total falta de motivação naquilo que fazem, e que assim seja construída um ambiente escolar que tenha como valor básico a alteridade, e a médio e a longo prazo a violência seja erradicada das escolas.