Enviada em: 01/08/2017

Desde os processos denominados "revoluções industriais" e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Nesse contexto, o bullying apresenta-se como valor essencial, mas que não recebe o foco adequado na sociedade, causando transtornos físicos e psicológicos, os quais poderiam ser amenizados se houvesse participação mais ativa no âmbito familiar e abordagem ética e moral nas escolas.      A hipertensão do sistema capitalista condiciona os pais a trabalharem sobejamente, pois de acordo com o sistema celetista a média da carga horária semanal são de 44 horas, somadas ao desgaste físico, inviabiliza os pais de notarem possíveis sinais comportamentais que indicariam a ocorrência de bullying fora do ambiente familiar.     Segundo pesquisas do IBGE, 30% das crianças afirmaram já terem cometido atos que pudessem humilhar os colegas dentro da escola, entretanto, as disciplinas lecionadas não tem foco algum para ética e moral para se viver em sociedade. Deste modo, tais fatos acoplados contribuem sistematicamente para a ocorrência do bullying na sociedade.     Para atenuar a problemática, cabe ao Ministério da Educação produzir propagandas em horário nobre focando nos pais, para que participem e perguntem mais sobre a vida escolar de seus filhos. Ademais, o Conselho Federal de Psicologia em parceria com o Governo Federal, necessita realizar palestras educativas nas escolas para que as crianças aceitem as diferenças alheias, sejam elas quais forem, pois, de acordo com o político e ativista Nelson Mandela, a educação é maior arma que se pode usar para mudar o mundo. Assim, a sociedade poderá garantir o exercício da cidadania e a mudança de paradigmas.