Enviada em: 14/08/2017

A série de livros "Harry Potter" é retratada a história de Harry e seus amigos que estudam na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, contudo, destaca-se sua melhor amiga: a Hermione, uma bruxa dotada de conhecimentos de feitiçarias, mas que sofre preconceito por terem pais "sangue ruim", ou seja, não bruxos. Entretanto, fora da literatura, quando se aborda a problemática do bullying, abre-se um leque de temores presentes no tecido social brasileiro, dentre eles a homofobia e o racismo.      Em primeira análise, vale ressaltar que a negligência governamental esteja entre as causas do problema. Pode afirmar-se, por exemplo, a proibição da doação de sangue para o público gay, pois em pleno século XXI, as autoridades ainda associam-los como possíveis infectados das DSTs. Além disso, ataques homofóbicos representam cerca 35% entre os principais causadores do bullying, segundo o programa abrace. Dessa forma, vê-se a superioridade de uma orientação sexual sobre as outras na sociedade e a falta de leis específicas para combater tal impasse, porque a homofobia ainda não é considerada crime no Brasil.      Segundamente, convém frisar que a questão está longe de ser resolvida. Já afirmava Albert Einstein, é mais fácil desintegrar a molécula do átomo do que vencer o preconceito. De maneira análoga, é possível perceber que os negros são a etnia que mais sofreu com esse antagonismo, mesmo depois do fim da escravidão e a abolição da escravatura, o racismo ainda se faz presente no cenário nacional. Um fato disso é a atriz, Taís Araujo, que sofreu bullying racial nas redes sociais após o publicamento de suas fotos. Todavia, Taís só foi uma das milhares de vítimas que ocorrem diariamente no contexto brasileiro.        Bullying, portanto, representa uma questão a ser combatida em escala nacional. Cabe o Ministério da Educação, aliado à Constituição Federal, para criar um órgão específico para defender os direitos dos homossexuais e proteger quaisquer agressões por meio de denúncias on-lines para que o meio social possa denunciar as agressões, como base na "Lei Maria da Penha" que já garante os direitos femininos. Além disso, o Ministério da Justiça deve reforça a lei, ampliando em casos de cyberbullying, para prender os racistas atrás das telas e dando apoio as vítimas a fim de não terem possíveis danos psicológicos por meio de tratamentos de psicólogos e terapeutas. E, por sua vez, o Ministério da educação deve quebrar o dogma que pessoas homoafetivas não podem doar sangue e permitindo a doação para aqueles não infectados. Dessa forma, irá garantir os direitos dos cidadãos e o bullying ficará apenas nos livros literários.