Enviada em: 25/08/2017

Ocorrido na década de 90, o Massacre de Columbine foi um massacre escolar americano motivado por diversas agressões e isolamento social que dois alunos, autores do crime, sofriam. Com o ocorrido, o termo bullying passou a ser usado para definir, de modo geral, agressões, sejam físicas ou psicológicas, constantes a um mesmo indivíduo. A pesar do termo ser novo, o fenômeno é quase que inerente ao convívio social humano, podendo ser encontrados registros de longa datação. Entretanto, o ponto chave desse debate é compreender que o bullying tem graves consequências sociais e a maneira como a sociedade, ainda, lida com ele impede uma resolução do problema, esta necessária.       A priori, é fundamental pontuar que a prática em questão é extremamente prejudicial a formação do cidadão, tanto para a vítima, como para o ator. Nesse contexto é perceptível que vítimas tendem ao isolamento social, e sendo a escola o maior dos palcos, não só as relações interpessoais estão em questão, como também o desenvolvimento acadêmico. Vê-se com isso a marginalização, ainda maior, de indivíduos pertencentes a minorias, visto que homossexuais, negros e mulheres são os principais alvos de valentões.       Outra questão relevante, nessa discussão, é a ideia de que a majoritária parte da população acredita que a prática é formadora de caráter, pensamento equivocado que impede a resolução do problema. Frases como: "Apanhar e aprender a reagir me fez ser quem sou" a pesar de serem comuns no cotidiano não são uma verdade, uma vez que diferentes pessoas reagem de maneiras diferentes as situações, no entanto ainda são proclamadas como histórias vitoriosas. Como resultado, docentes e familiares, inseridos no grupo em questão, não contribuem denunciando e apoiando as vítimas, deveres de um cidadão.       Torna-se evidente, portanto que os seguimentos do bullying tem grande peso e isso não é percebido por parte da população, que além de não combater a prática, a apoia de certo modo. Nesse sentido, a princípio, a mídia, como agente social, deve, por meio de novelas e programas, evidenciar as consequências das ditas "atitudes formadoras de caráter", a fim de conscientizar e romper com o senso comum. Como exemplo, a campanha do canal Cartoon Network "Chega de bullying" que tem mostrado resultados satisfatórios. Além disso, é imprescindível que as escolas façam registros de quaisquer casos de implicância, agressões físicas ou psicológicas, para que possam ser levados a família e posteriormente a justiça se necessário, para que possa haver uma re-educação do agressor. Em síntese, materializando tais medidas, tal atitude inerente a história humana pode ser controlada transformando todo o ambiente de convívio social em um lugar mais saudável.