Enviada em: 30/08/2017

Na série de quadrinhos "Turma da Mônica", Cebolinha é um valentão que persegue e insulta Mônica por seu excesso de peso e dentes grandes. Fora dos gibis, o bullying ainda é uma realidade no Brasil, sendo crianças e adolescentes suas maiores vítimas, posto que tal prática é indubitavelmente mais presente nas escolas. Dessa forma, é necessário que haja uma interação entre pais e professores, para a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.    Bullying é o ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la. Segundo o filósofo Jean Paul-Sartre, qualquer tipo de violência é uma derrota. Assim sendo, no âmbito escolar a prática é muito comum e é considerada um dos maiores problemas da convivência entre alunos. Isto é, o resultado é uma sensação de medo e insegurança que atrapalha os estudos, pois afeta o rendimento e não torna o ambiente propício para o aprendizado. Já os agressores gostam de intimidar, tentam exercer sua autoridade e sentem-se superiores a partir do momento em que conseguem humilhar e magoar suas vítimas.    Ademais, o bullying traz consequências comportamentais, emocionais e sociais como crises de ansiedade, depressão, baixa autoestima, isolamento social, e em alguns casos extremos, a vítima opta por soluções trágicas como o suicídio ou a vingança através de atos de violência. O canal de entretenimento Netflix lançou recentemente a série americana "13 Reasons Why" (Os Treze Porquês), que retrata a história de uma adolescente que se suicida em decorrência da difamação, assédio e bullying sofridos na escola. Devido ao grande sucesso entre os jovens brasileiros, que se identificaram com os fatos da trama, redes sociais como Twitter e Facebook levantaram uma campanha com a hashtag "#NãoSejaUmPorquê", incentivando a não propagação do bullying, e as vítimas a não se calarem contatando o CVV (Centro de Valorização da Vida), para a obtenção de ajuda e orientação.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Os professores, em parceria com psicólogos, precisam incentivar a solidariedade, a convivência e o respeito às diferenças por meio de palestras, trabalhos didáticos em grupo e campanhas de incentivo à tolerância e à paz. E, também, os pais e/ou responsáveis precisam proporcionar um ambiente domiciliar seguro para os jovens, e serem mais participativos na vida estudantil dos mesmos, aconselhando-os a não praticarem e nem serem omissos ao bullying. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Outrossim, a mídia deve criar parcerias com o MEC (Ministério da Educação), divulgando campanhas informativas, incentivando a sociedade a praticar a tolerância.