Enviada em: 24/09/2017

Numa sociedade marcada pelos padrões de beleza impostos pela mídia, nota-se que quem não está inserido nesse grupo sofre constantemente por comentários preconceituosos. Não é raro, no Brasil, encontrar casos referentes à isso sendo negligenciados pela sociedade, já que é algo persistente, em que pessoas com ideias conservadoras tratam o bullying como uma invenção da sociedade. Por isso, o combate a essas práticas, mesmo que o governo tente tomar algumas medidas, a população tem a maior culpa, uma vez que por ser frequente, os efeitos causados por esses hábitos torna-se despercebidos. Diante disso, tornam-se passíveis de discussões, hoje, as sequelas causadas pelo bullying.       Em primeiro lugar, é válido ressaltar que, embora tenha sido criada a Lei 13.185 em 2015, buscando diminuir o número de agressões, resultados ainda não foram vistos. Segundo a Universidade de São Paulo aponta que 20% dos alunos já cometeram bullying com colegas, isso mostra que a Lei está agindo de forma ineficiente, e também que o combate não parte exclusivamente do governo, visto que segundo o filósofo brasileiro Paulo Freire “Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”. Desse modo, é nítido que apesar de ações legislativas serem útil de tal forma, uma sociedade é feita pela educação e a falta dela faz com que esses crimes serem persistente.       Outro ponto a se destacar, é o fato do bullying ter ser tornado algo comum, quando existe algum tipo de agressão, a reação dos indivíduos é como se fosse apenas mais um. Isso pode ser explicado por Hannah Arendt, a qual explica por meio da teoria da Banalização do mal que quando uma certa ação se torna comum ela perde a capacidade de chocar as pessoas pelo fato de virar uma espécie de anestesia nos indivíduos. Dessa forma, aqueles sofredores passam a sofrer sérias consequências, como a depressão, a qual leva a vítima a se isolar da sociedade e por isso, embora exista um acompanhamento psicológico, o tratamento fica mais complexo.        É evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas a fim de solucionar o problema. Para isso, ONG´s e Prefeituras precisam colocar cartazes em ambientes muito frequentados nas cidades, para que pais tomem consciência da gravidade gerada por essas práticas, dado que os familiares, dessa maneira passará uma educação melhor para os filhos. Ademais, é fundamental que as escolas façam palestras com os alunos, com o intuito da ocasião se tornar cada vez mais raro, para que quando acontecer algum caso, os indivíduos terem uma reação diferente relacionado à agressão. Talvez assim, seguindo um pensamento de Hannah Arendt, as pessoas irão incentivar a sensibilidade cerebral, ao invés de bloquear.