Enviada em: 20/10/2017

Perseguições, xingamentos e agressões. Esse é o cenário enfrentado pelas vítimas do bullying. Engana-se, porém, ao pensar que os efeitos traumáticos na vida de quem passa por essas situações restringe-se ao ambiente no qual ele foi posto em prática. O presente e o futuro desses indivíduos carregam as marcas deixadas pelas violações. Dessa forma, cabe refletir acerca das nuances desse problema e quais são seus efeitos na sociedade brasileira.   Em primeiro lugar, é incontrovertível afirmar a supremacia do bullying no ambiente escolar. Humilhações relacionadas à cor da pele, orientação sexual, origem regional e condição financeira são algumas das formas de como essas práticas se apresentam. Logo, tal fator leva os jovens perseguidos a sofrerem os impactos profundos que lhe são causados em todas as áreas de suas vidas, o que leva à depressão, sensação de medo e baixa-autoestima. Ademais, é cada vez maior o número de notícias veiculadas nos principais meios de comunicação de jovens que encontraram na morte o fim para todo esse sofrimento, o que mostra uma medida extrema para pedidos de socorro que muitas vezes não foram ouvidos.   Além da problemática supracitada, outro local em que se manifesta a presença do bullying é o ambiente de trabalho. Assédios morais compreendidos entre chefes e funcionários têm tomado proporções alarmantes, e pode ser apontado como a causa do crescente número de quadros clínicos de estresse, ansiedade e angústia nos adultos. Assim, pode-se ter muitos pais afetados por essas perseguições, o que dificultará até mesmo no auxílio aos filhos que possam vir a passar por situações semelhantes.    Posto isso, para que sejam obstadas práticas que marcam negativamente a vida dos indivíduos, o Ministério da Educação deve mostrar-se atuante. Por intermédio do acompanhamento psicológico de ambos, agressores e vítimas, dentro da própria escola, combate-se a perpetuação de atitudes violentas e mitiga-se paulatinamente os traumas causados na vida dos afetados que podem levar a reflexos também na vida adulta. Outrossim, o Ministério do Trabalho também possui o seu papel. A implantação da obrigatoriedade de setores específicos na área de recursos humanos encarregadas de investigar e punir assediadores, aumentará a eficácia das denúncias e consequentemente encorajará mais pessoas a se manifestarem. Dessarte, tem-se alcançado um cenário marcado pelo respeito e harmonia.