Enviada em: 05/10/2017

O ápice do século XX foi marcado pelo hediondo massacre de Columbine, em que dois jovens estadienidenses assassinaram mais de 10 alunos e professores em sua escola do ensino médio. Ambos haviam desenvolvido comportamento agressivo, após anos sofrendo violências diárias em seu meio escolar. Diante disso, deve-se analisar como a ausência da família e o não reconhecimento da instituição de ensino resultam em situações graves, e, consequentemente, gera nos indivíduos o individualismo, grande impulsionador do problema em questão.           Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a omissão da família é um grande impulsionador dos conflitos entre os jovens. Dessa forma, é necessário levar em consideração, que os pais por viverem num mundo hipercapitalista têm a necessidade de passar mais tempo trabalhando, ao invés de participar do processo educativo dos filhos. Por consequência, as crianças criam uma autonomia para si, e não percebem as consequências de seus atos e praticam, por exemplo, o bullying. Sendo assim, conforme defende o filósofo John Locke, “o ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências”, e esses fatos corroboram nesse feito.           Outrossim, as negligências das escolas somam e ampliam essa problemática. A priori, os colégios, que deveriam ser lugares de aprendizagem para a vida, estão mais preocupados, desde cedo, a disseminar o máximo de conteúdos e esquece-se de ensinar valores morais básicos que devem nortear as relações socais. Nesse ínterim, preocupadas apenas em conteúdos, essas instituições de ensino acabam sendo negligentes e responsáveis pela prática do bullying. O grande problema da intimidação sistemática, todavia, conforme defende a psiquiátrica Ana Beatriz, é que as vítimas acabam desenvolvendo grandes doenças psicológicas, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico, e, em alguns casos mais extremos, acabam cometendo suicídio.           Fica claro, portanto, o quão é importante a instituição familiar e escolar estarem presente no desenvolvimento social e educacional das crianças. Por sua vez, os pais precisam acompanhar a construção escolar de seus filhos, e, sobretudo, desenvolver com eles uma relação familiar, a fim de construir saberes essenciais que o ser precisa para não desenvolverem-se atos intolerantes em seu meio social, e que compreendam as diferenças que existem ao seu redor. Em paralelo a esse conceito, o Ministério da Educação junto às instituições de ensino devem disponibilizar campanhas educacionais, cujo objetivo seja debater com equipe pedagógica, pais e alunos como identificar prática de bullying no opressor e também no oprimido, pois só assim pode-se findar com o fermentador dessa vicissitude: o individualismo.