Enviada em: 09/10/2017

Depressão, baixo rendimento escolar, comportamento violento, ansiedade, rebeldia, timidez e baixa autoestima. Essas são algumas características que uma pessoa sofrendo de intimidação sistemática, em ambiente escolar, pode apresentar. O bullying, como também é chamado, é todo ato de perseguir, constranger ou humilhar constantemente uma pessoa sem motivo aparente. Tal prática vem mostrando efeitos altamente devastadores na vida dos jovens em fase escolar, culminando em tragédias que atingem não só o aluno e sua família, mas a sociedade como um todo.       Em consonância, o Brasil presenciou em 2011 um grande massacre, quando um adolescente desferiu dezenas de tiros e matou mais de 11 crianças ao adentrar sua antiga escola, onde era humilhado por seus colegas. O infeliz episódio foi capaz de comprovar os impactos nocivos do bullying na formação do caráter e comportamento dos estudantes.        Ademais, o evento despertou o olhar das autoridades para a gravidade do bullying. Em 2015, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 13.185, determinando o bullying como um ato de violência, com intuito de prevenir e combater a prática, mudando o comportamento hostil dos agressores.             Em contrapartida, um estudo realizado em 2016 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que o número de alunos que já sofreram bullying vêm crescendo ao longo dos anos. A afirmativa reflete a incapacidade da escola e seus representantes em perceber e combater comportamentos agressivos e discriminatórios proveniente de seus alunos.        Desse modo, se faz necessário combater o bullying nos colégios, a fim de prevenir atos funestos que afetam a todos. Portanto, a escola deverá oferecer acompanhamento psicossocial para todos os educandos, através de consultas semanais com psicólogos, objetivando avaliar a saúde mental e autoestima. Outrossim, envolver os pais no tratamento de seus filhos, mediante reuniões familiares e palestras para todo o corpo estudantil. Somente assim, com atenção efetiva ao comportamento dos jovens, poder-se-á extinguir a prática do bullying e seus efeitos danosos no Brasil.